América Latina é a região do mundo com mais mortes por Covid-19
Brasil é o país com mais casos e óbitos na região, mas taxa de letalidade caiu pela metade nos últimos três meses e ainda é menor que a média mundial
A América Latina se tornou nesta sexta-feira, 7, a região do mundo com mais óbitos pela Covid-19 ao ultrapassar as 213.000 mortes, superando assim o número de falecimentos registrados na Europa, segundo uma contagem da agência de notícias AFP baseada em dados oficiais.
Com 213.120 mortes pelo novo coronavírus, a região da América Latina e do Caribe superou o total de 212.660 óbitos na Europa. Ao todo, o coronavírus já infectou mais de 17 milhões de pessoas em todo o mundo e matou 716.327.
A população total da América Latina e Caribe é estimada em pouco mais de 600 milhões de habitantes, enquanto a da Europa está em torno de 741 milhões. As regiões mais populosas do planeta são a África e a Ásia, com 1,2 bilhão e 4,4 bilhões de pessoas, respectivamente.
O país com maior número de mortos e casos na América Latina é o Brasil, com 2,9 milhões de infectados e 98.400 óbitos. Ao menos 2,2 milhões de brasileiros se recuperaram. A nação só é superada no mundo pelos Estados Unidos, que atualmente contabiliza 4,9 milhões de casos e 160.000 mortes.
Apesar dos números totais preocupantes no Brasil, a taxa de letalidade caiu pela metade em três meses. As razões para essa queda incluem o aumento da testagem e a melhora na capacidade de tratamento dos casos mais graves.
O índice brasileiro é melhor que o mundial, que hoje está em 3,8%, e ao de países da Europa como Alemanha (4,3%), Suécia (7,1%), Itália (14,2%), Espanha (9,9%). Por outro lado, é superior ao da Índia e Estados Unidos (3,3%), de acordo com informações do Our World in Data.
Na América Latina ainda se destacam negativamente México, Peru, Chile e Colômbia, que ocupam respectivamente o sexto, sétimo, oitavo e novo lugares na lista de países com mais casos. O México tem também o terceiro maior número de óbitos do mundo, com 50.517 mortes registradas até esta sexta.
(Com AFP)