O príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II, admitiu que errou em ter frequentado a mansão de Jeffrey Epstein, o magnata acusado de tráfico sexual de crianças e que morreu enforcado em uma cela em Nova York, no dia 10 de agosto deste ano.
O Duque de York se pronunciou durante a entrevista que será transmitida neste sábado pela BBC, gravada na última quinta-feira no Palácio de Buckingham. Alguns trechos foram divulgados hoje pela emissora.
O príncipe, cuja amizade com Esptein causou polêmica no Reino Unido, reconheceu que sua permanência na residência do magnata não deveria ter acontecido por ele ser um membro da família real britânica.
Esta é a primeira vez que o príncipe, de 59 anos, fala publicamente sobre sua ligação com o empresário.
Virginia Giuffre, uma das 16 mulheres que acusaram Epstein de abuso, chegou a afirmar em depoimento que foi obrigada a manter relações sexuais com o Duque de York, quando tinha 17 anos.
Na entrevista, o príncipe disse não se lembrar de ter conhecido a jovem, apesar de ela ter dito que na ocasião, em 2001, dançou com ele e que mantiveram relação sexual no chão da casa de um amigo do duque, em Londres.
“Não me lembro de ter conhecido essa senhora, absolutamente nada”, disse ele.
Além de Virginia, outra mulher, identificada como Johann Sjoberg, disse, de acordo com seu depoimento nos EUA, que o príncipe tocou seus seios enquanto os dois estavam sentados em um sofá no chão da casa de Epstein, no ano de 2001.
O Palácio de Buckingham já havia se pronunciado antes, dizendo que essas acusações eram “falsas” e “infundadas” e que “qualquer sugestão de comportamento inapropriado com menores não era verdadeira”.
(Com EFE)