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Aos 34 anos, Gabriel Attal torna-se o mais jovem premiê da França

Também abertamente gay, ministro da Educação foi nomeado após renúncia de Élisabeth Borne; Mudança ocorre ao passo que Macron busca impulso eleitoral

Por Amanda Péchy
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h31 - Publicado em 9 jan 2024, 09h16

O presidente francês, Emmanuel Macron, nomeou o ministro da Educação do país, Gabriel Attal, como primeiro-ministro nesta terça-feira, 9. Ele é a pessoa mais jovem a assumir o cargo, e também a primeira abertamente gay.

Attal sucederá Élisabeth Borne, que renunciou ao posto na segunda-feira 8. A remodelação no governo da França ocorre num momento em que Macron procura dar um novo impulso ao seu segundo mandato, antes das eleições para o Parlamento Europeu no final deste ano.

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Quem é Gabriel Attal

O ex-ministro da Educação nasceu em 1989, em Hauts-de-Seine, e já atuou em diversas funções, incluindo porta-voz do governo e ministro de contas públicas.

No início da sua carreira, Attal foi membro do Partido Socialista, mas mais tarde juntou-se ao partido de Macron, de centro, agora conhecido como Renascimento.

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Renúncia de Borne

Élisabeth Borne renunciou ao cargo de primeira-ministra na segunda-feira, após dias de especulações febris sobre uma remodelação do governo.

A troca ocorre cinco meses antes das eleições para o Parlamento Europeu, quando espera-se que políticos de extrema direita e anti-União Europeia obtenham ganhos recordes, devido ao momento de descontentamento público generalizado ligado ao aumento dos custos de vida na Europa e ao fracasso dos governos europeus em conter a imigração.

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Macron, que no ano passado aprovou controversas reformas no sistema previdenciário, elevando a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos, e nas leis de imigração, procura dar um impulso renovado ao seu segundo mandato antes das eleições para o Parlamento Europeu, em junho, e dos Jogos Olímpicos de Paris, em julho.

As pesquisas de opinião mostram que o atual presidente está em segundo lugar, atrás da líder de extrema direita Marine Le Pen, por oito a 10 pontos percentuais antes da votação de junho.

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No sistema francês, o presidente nomeia o primeiro-ministro, mas não pode demiti-lo do cargo, por isso precisam pedir sua renúncia. Macron agradeceu a Borne pelo seu “trabalho exemplar ao serviço à nação”.

Na sua carta de demissão, Borne disse que era “mais necessário do que nunca continuar as reformas” levadas a cabo pelo governo. No entanto, deixou claro que a decisão de partir não foi dela.

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