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Após aceno de Taiwan aos EUA, China finaliza treino para ‘isolar’ ilha

Terceiro dia de exercícios militares da China simulou lançamento de jatos com porta-aviões, em resposta à reunião da líder taiwanesa com autoridades dos EUA

Por Da Redação
Atualizado em 10 abr 2023, 09h36 - Publicado em 10 abr 2023, 09h29
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  • A PLA Navy landing ship sails towards the zone where China said it would conduct live fire exercises northeast of Pingtan island, the closest point in China to Taiwan, in China’s southeast Fujian province on April 10, 2023. (Photo by GREG BAKER / AFP)
    Porta-aviões da Marinha chinesa navega em direção a zona de exercícios militares na ilha de Pingtan, o ponto mais próximo da China a Taiwan. 10/04/2023 - (Greg Baker/AFP)

    No terceiro dia consecutivo de exercícios militares, a China simulou nesta segunda-feira, 10, o “isolamento” de Taiwan. O exército chinês posicionou um porta-aviões a nordeste da ilha de Pingtan, o ponto mais próximo da China a Taiwan, pronto para lançar jatos em direção à ilha.

    Taiwan disse ter detectado jatos a leste, enquanto a China disse que seu porta-aviões Shandong participou do treino. Segundo o governo chinês, a prática terminou “com sucesso” nesta segunda-feira.

    Pequim iniciou os exercícios no sábado 8, depois que a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, se encontrou com o líder da Câmara dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, na Califórnia. Tsai fez uma viagem de 10 dias aos Estados Unidos e América Central.

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    Ainda assim, a demonstração de poderio militar não foi tão arrojada quanto a resposta à visita de Nancy Pelosi, então presidente da Câmara americana, a Taipei em agosto passado – a autoridade americana de mais alto escalão a viajar para lá desde a década de 1990. Naquela época, a China fez quatro dias de exercícios militares sem precedentes, com disparo de mísseis balísticos nos mares ao redor da ilha.

    Taiwan se considera um Estado soberano, enquanto a China vê a ilha como uma província separatista que cairá sob o controle de Pequim – pela força, se necessário.

    O governo taiwanês havia comunicado anteriormente que avistou 70 aviões de guerra e 11 navios em suas águas circundantes. Um mapa das rotas de voo divulgado pelo seu Ministério da Defesa mostrou quatro caças J-15 a leste da ilha – sugerindo que os militares chineses estão simulando pela primeira vez ataques do leste, em vez do oeste, onde fica o continente chinês.

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    + China condena reunião entre líder da Câmara dos EUA e presidente de Taiwan

    Analistas disseram que é provável que os jatos tenham vindo do porta-aviões chinês Shandong, atualmente implantado no oceano Pacífico ocidental, a cerca de 320 km de Taiwan. Segundo os militares chineses, aviões de combate carregados com munição real “realizaram várias ondas de ataques simulados em alvos importantes”.

    O Ministério da Defesa do Japão disse na segunda-feira que o Shandong também realizou operações aéreas nos dias anteriores. Caças a jato e helicópteros decolaram e pousaram no porta-aviões 120 vezes entre sexta e domingo, de acordo com a pasta.

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    + Visita da líder de Taiwan aos EUA pode gerar ‘confronto sério’, diz China

    Também na segunda-feira, os Estados Unidos enviaram o USS Milius, um contratorpedeiro (ou destroyer) de mísseis guiados, por parte do Mar da China Meridional, cerca de 1.300 km ao sul de Taiwan.

    A China disse que o navio “se intrometeu ilegalmente” em suas águas, enquanto o governo americano argumentou que a operação era consistente com a lei internacional.

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    Washington pediu repetidamente que a China exerça moderação após a reunião do presidente Tsai com McCarthy, a terceira figura mais importante do governo dos Estados Unidos. Pequim, por sua vez, alertou os americanos e Taiwan sobre “contra-medidas resolutas” caso Tsai se encontrasse com McCarthy.

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    A China começou os exercícios depois que o presidente francês, Emmanuel Macron, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deixaram o país. Os líderes europeus visitaram Pequim para negociações comerciais e diplomáticas, incluindo pedidos para que o governo chinês intervenha diplomaticamente na agressão russa contra a Ucrânia.

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    Mais tarde, Macron exortou a Europa a não ser arrastada para um confronto entre Washington e Pequim por causa de Taiwan. Em seu voo para fora da China, ele disse a repórteres que a Europa corre o risco de ser “apanhada em crises que não são nossas” e isso dificultaria a construção de “autonomia estratégica”.

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    Alguns analistas dizem que os exercícios militares chineses podem ter impacto decrescente ao longo do tempo, já que, para manter o mesmo fator de medo, Pequim precisaria aumentar a escala dos treinos cada vez mais.

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    O status de Taiwan é relativamente ambíguo desde 1949, quando a Guerra Civil Chinesa se voltou a favor do Partido Comunista Chinês e o antigo governo governante do país fugiu para a ilha. O atual presidente da China, Xi Jinping, disse que a “reunificação” com Taiwan “deve ser cumprida”.

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