Como resposta o ataque que matou uma pessoa em Tel Aviv na última sexta-feira, 19, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) informaram que bombardearam a zona portuária da província de Hodeidah, no oeste do Iêmen, neste sábado, 20, e anunciaram que interceptaram um míssil proveniente do país neste domingo, 21, em um novo capítulo da guerra em andamento contra o grupo terrorista palestino Hamas. Segundo a milícia huti do Iêmen, três pessoas morreram e 87 pessoas ficaram feridas por causa das explosões.
O exército israelense disse que utilizou caças para atingir alvos militares do regime huti e que o porto era utilizado para o fornecimento de armas do Irã para o grupo iemenita, que simpatiza com o Hamas e a Jihad Islâmica.
Em pronunciamento compartilhado nas redes sociais, Daniel Hagari, porta-voz das IDF, afirmou que o regime inimigo realizou mais de 200 ataques aéreos nos últimos nove meses e classificou o ataque ao prédio em Tel Aviv, que matou um homem de 50 anos, como “um ato de agressão e violação da lei internacional”. Em virtude disso, justificou o ataque à região portuária.
“Os ataques necessários e proporcionais de Israel foram realizados a fim de parar e repelir os ataques terroristas dos hutis após nove meses de ataques aéreos contínuos contra o território israelense”, declarou.
Também nas redes sociais, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que solicitou que os ataques foram direcionados ao ponto que seria estratégico aos grupo.
“O porto que foi atacado não é um porto inocente. É utilizado para o contrabando de armas do Irã para os hutis, que atacaram Israel e outras nações.”
Houthi afirma que alvos civis também foram atingidos
Em nota compartilhada pela TV Al Masirah, administrada pela milícia huti, o grupo afirmou que instalações petrolíferas e uma usina de energia foram atingidas, assim como prédios civis.
“O envolvimento direto de Israel no ataque ao Iêmen, destacando 20 caças e alvejando instalações civis, demonstra a arrogância da entidade israelense, bem como sua prontidão para se envolver em um conflito regional mais amplo.”
Em comunicado publicado neste domingo, um dos membros da facção, Ali Al-Qahum, afirmou que o Iêmen prepara uma “resposta dolorosa” a Israel e que “os próximos eventos serão maiores e o agressor enfrentará as consequências com muitas surpresas pela frente”.
Ainda neste domingo, as Forças de Defesa de Israel anunciaram que interceptaram com sucesso um míssil vindo do Iêmen e que ele não chegou a atravessar o território do país.