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Após cessar-fogo, jornalistas cobram de Israel o fim do bloqueio à imprensa em Gaza

Entidades de mídia dizem que não há mais justificativa para impedir cobertura internacional e pedem justiça pelos profissionais mortos

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 out 2025, 15h24

Com o cessar-fogo entre Israel e Hamas em vigor, organizações internacionais de mídia voltaram a cobrar de Tel Aviv a liberação da entrada de jornalistas estrangeiros na Faixa de Gaza — território que permanece fechado à imprensa desde o início da guerra. Em nota divulgada na última sexta-feira, a Associação de Imprensa Estrangeira (FPA, na sigla em inglês) pediu que Israel “abra imediatamente as fronteiras e permita o acesso livre e independente da mídia internacional”, alegando que o fim das hostilidades elimina qualquer justificativa para a restrição.

Desde o início da ofensiva, o governo israelense só autorizou a entrada de repórteres sob rígido controle militar, em visitas guiadas e supervisionadas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês). A limitação obrigou a imprensa estrangeira a depender de jornalistas palestinos e de informações de civis, equipes médicas e agências humanitárias.

O grupo informou ainda que a Suprema Corte israelense deve realizar uma audiência sobre o pedido de liberação de entrada da imprensa no dia 23 de outubro, “após mais de um ano em que o Estado foi autorizado a adiar sua resposta”.

Segundo o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), mais de 200 repórteres e trabalhadores da mídia foram mortos em Gaza desde o início da guerra, 25 deles em ataques classificados como assassinatos direcionados. Israel nega alvejar jornalistas deliberadamente, embora tenha reconhecido algumas mortes causadas em operações militares.

Entre as vítimas recentes estão Mariam Dagga, da Associated Press e Independent Arabia, e Hussam al-Masri, da Reuters, mortos em um bombardeio israelense ao hospital Nasser, em Khan Younis, em agosto.

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O Repórteres Sem Fronteiras (RSF) também cobrou investigação sobre os ataques e criticou o fato de o acordo de cessar-fogo não incluir medidas de proteção à imprensa. “Os repórteres que ainda estão vivos em Gaza precisam de cuidados, equipamentos e justiça. A RSF conta com o Tribunal Penal Internacional para agir”, afirmou Jonathan Dagher, chefe do escritório da organização no Oriente Médio.

As entidades se somam a uma série de organizações internacionais que têm exigido acesso ao enclave desde o início da guerra. Em julho, agências como AFP, AP, Reuters e a emissora BBC divulgaram uma nota conjunta ressaltando a importância da presença de repórteres no território para garantir a precisão das reportagens. Em fevereiro, mais de 30 veículos, entre eles o britânico The Guardian, assinaram uma carta cobrando proteção aos jornalistas que atuam em Gaza.

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