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Após cúpula no Catar, países árabes pedem a Trump que use ‘influência’ para controlar Israel

Em declaração conjunta, nações condenaram de maneira "categórica" toda forma de "violação da segurança de qualquer um de nossos Estados"

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 15 set 2025, 17h36

Líderes do Golfo apelaram nesta segunda-feira, 15, ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que controle Israel. O pedido ocorre após uma cúpula emergencial com países da Liga Árabe e da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) no Catar após os bombardeios israelenses a Doha na semana passada. O ataque matou seis membros do grupo palestino radical Hamas que visitavam a capital catari para negociações de um cessar-fogo. O Catar é um dos principais mediadores da guerra na Faixa de Gaza.

“Nós esperamos que nossos parceiros estratégicos nos Estados Unidos usem sua influência sobre Israel para que o país ponha fim a esse comportamento”, disse o secretário-geral do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), Jasem Mohamed al-Budaiwi. “Eles têm poder de barganha e influência sobre Israel, e já passou da hora de que esse poder de barganha e influência sejam usados.”

O Catar é considerado um dos mais importantes parceiros de Washington fora da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O país abriga a maior base militar dos EUA no Oriente Médio, com pelo menos 10 mil soldados. No domingo, 14, Trump disse que “o Catar tem sido um grande aliado”, acrescentando: “Israel e todos os outros, temos que ter cuidado. Quando atacamos pessoas, temos que ter cuidado”.

Em declaração conjunta, os países reafirmaram o “compromisso inabalável com a soberania, independência e segurança de todos os Estados-membros da Liga dos Estados Árabes e da Organização de Cooperação Islâmica” e salientaram o “dever coletivo de responder a esta agressão em defesa de nossa segurança comum”. Eles também condenaram de maneira “categórica” toda forma de “violação da segurança de qualquer um de nossos Estados”, além de terem reiterado “solidariedade no enfrentamento de tudo o que ameaça sua segurança e estabilidade”.

A resolução também indicou que o comando militar unificado do GCC será instruído a “tomar as medidas executivas necessárias para ativar mecanismos conjuntos de defesa e capacidades de dissuasão do Golfo”. Além disso, o documento informou que será conduzida uma avaliação sobre a “postura de defesa do Conselho e das fontes de ameaça à luz da agressão contra o Catar”, mas sem oferecer detalhes.

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+ Catar recebe cúpula islâmica-árabe emergencial após ataques de Israel a Doha

Ataque sem precedentes

O bombardeio israelense ao Catar marcou o primeiro ataque já registrado contra o território soberano de um país do Golfo Pérsico. O grupo, contudo, absteve-se de represálias econômicas ou políticas imediatas contra Israel, como a suspensão dos acordos de Abraão, de 2020, que normalizaram a relação de cinco países árabes com Israel, incluindo os Emirados Árabes Unidos.

Autoridades do Hamas mantêm presença na capital catari desde 2011, quando a Casa Branca de Barack Obama solicitou que o governo local estabelecesse um canal secreto com o grupo. Após a operação em Doha, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o país de abrigar terroristas, mandando um recado: “Eu digo ao Catar e a todas as nações que abrigam terroristas: ou os expulsam ou os levam à justiça. Porque se vocês não fizerem isso, nós o faremos”.

Em meio à escalada das tensões na região, o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim al-Thani, afirmou na última quarta-feira, 10, que o ataque das forças israelenses a Doha “matou qualquer esperança” para os reféns ainda mantidos em Gaza. Acredita-se que apenas 20 dos 57 sequestrados mantidos pelos militantes ainda estejam vivos — no final de agosto, Israel conseguiu recuperar um corpo e restos mortais de dois reféns.

Em entrevista à emissora americana CNN, o premiê catari definiu o bombardeio como “terrorismo de Estado” e defendeu que o seu homólogo israelense, Benjamin Netanyahu, “precisa ser levado à Justiça”. Ele também acusou Netanyahu de “desperdiçar” o tempo do Catar e que reavaliaria “tudo” sobre o papel do país como mediador do conflito, iniciado em 7 de outubro de 2023.

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