Após incursão de drones, Zelensky propõe escudo de defesa aérea conjunto na Europa
Nas últimas semanas, drones atribuídos à Rússia invadiram o espaço aéreo da Polônia, Romênia, Dinamarca e Estônia, membros da Otan
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29 set 2025, 10h07
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, propôs nesta segunda-feira, 29, a construção de um escudo de defesa aérea com aliados após incursões de drones russos no flanco leste da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar ocidental. Nas últimas semanas, drones atribuídos à Rússia invadiram o espaço aéreo da Polônia, Romênia, Dinamarca e Estônia, membros da Otan.
“A Ucrânia propõe à Polônia e a todos os nossos parceiros construir um escudo conjunto e totalmente confiável contra ameaças aéreas russas”, disse ele em um discurso por videoconferência no Fórum de Segurança de Varsóvia. “Isso é possível. A Ucrânia pode combater todos os tipos de drones e mísseis russos e, se agirmos juntos na região, teremos armas e capacidade de produção suficientes.”
No evento, o ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, afirmou que “a indústria de defesa da Europa e da Ucrânia devem trabalhar juntas de forma mais próxima e eficaz” e que “a União Europeia deve apoiar isso fornecendo uma estrutura regulatória muito mais flexível para a indústria de defesa na Europa”. As operações russas levaram ao anúncio da Comissão Europeia, braço executivo da UE, da construção de um muro de drones ao longo do flanco leste.
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Muro de drones da UE
O projeto terá dois objetivos: detectar, a partir de radares e sensores acústicos, e intervir se necessário. Parte do aumento da “vigilância do Flanco Oriental”, a iniciativa também será acompanhada por um muro terrestre e um marítimo. Em Varsóvia, Pistorius alertou, contudo, que indicou que o muro de drones só deve ser concretizado “nos próximos três ou quatro anos”, alertando: “Precisamos priorizar e reconhecer que precisamos de mais capacidades e capacidades do que as descritas anteriormente”.
As tratativas continuarão na nesta semana na cúpula informal de líderes da UE em Copenhague, capital da Dinamarca. Em meio à escalada das tensões, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que apoiaria países da Otan se derrubarem aeronaves militares russas. Após a declaração de Trump, o Kremlin afirmou que abater aviões russos na Europa era “imprudente” e “irresponsável”.
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