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Após Johnson desistir, Sunak é favorito na corrida para premiê britânico

Ex-ministro das Finanças é único candidato com apoio de 100 parlamentares necessários para concorrer; adversária tem até esta segunda para atingir número

Por Da Redação
24 out 2022, 09h20

O ex-ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, emergiu nesta segunda-feira, 24, como o favorito para ser o próximo primeiro-ministro do país, depois que Boris Johnson desistiu da corrida.

A atual primeira-ministra, Liz Truss, renunciou ao cargo na semana passada, após apenas seis (desastrosas) semanas no cargo. Graham Brady, a autoridade conservadora responsável pela disputa pela liderança, disse que um novo primeiro-ministro estará no cargo até esta sexta-feira, 28.

Candidatos para substituir Truss têm até às 14h (10h de Brasília) nesta segunda-feira para garantir o apoio de 100 legisladores do Partido Conservador para entrar na corrida para se tornar o novo líder do partido – e do país.

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A decisão de Johnson de se retirar do concurso deixa Sunak, o ex-ministro das Finanças, sozinho na corrida contra a líder da Câmara dos Comuns, Penny Mordaunt.

Se ambos os candidatos conseguirem o apoio de 100 parlamentares, caberá aos cerca de 172 mil membros do Partido Conservador escolher o novo líder em uma votação online. Contudo, até agora, Sunak é o único da dupla com pelo menos 100 indicações.

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Caso o cenário permaneça assim, ele se tornará automaticamente o novo líder do Partido Conservador e o próximo primeiro-ministro do país.

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Após dias de especulação, Sunak declarou oficialmente sua candidatura no domingo 23.

“O Reino Unido é um grande país, mas enfrentamos uma profunda crise econômica. É por isso que estou concorrendo para ser o líder do Partido Conservador e seu próximo primeiro-ministro. Quero consertar nossa economia, unir nosso Partido e ajudar nosso país”, escreveu no Twitter.

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“Haverá integridade, profissionalismo e responsabilidade em todos os níveis do governo que lidero e trabalharei dia após dia para cumprir minha função.”

Muitos dos apoiadores de Johnson culparam Sunak pela queda do governo de Johnson, em julho, após uma série de escândalos. Mas, na noite de domingo, ele prestou homenagem ao ex-primeiro-ministro depois que desistiu da disputa.

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“Boris Johnson entregou o Brexit e a grande campanha de vacinação [contra a Covid-19]. Ele liderou nosso país através de alguns dos desafios mais difíceis que já enfrentamos e depois enfrentou [Vladimir] Putin e sua guerra bárbara na Ucrânia. Sempre seremos gratos a ele por isso”, disse no Twitter.

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“Embora ele tenha decidido não concorrer ao cargo de premiê novamente, eu realmente espero que ele continue contribuindo para a vida pública em casa e no exterior”, completou.

No anúncio sobre sua saída da corrida, Johnson afirmou ter garantido as indicações de 102 deputados, embora o número apoios públicos a ele fosse muito menor. E ele fez uma crítica velada a Sunak e Truss, depois de falhar em convencê-los a apoiar seu retorno.

“Há uma chance muito boa de que eu seja bem-sucedido na eleição com membros do Partido Conservador – e que eu possa de fato estar de volta a Downing Street na sexta-feira”, disse Johnson. “Mas, no decorrer dos últimos dias, infelizmente cheguei à conclusão de que isso simplesmente não seria a coisa certa a fazer. Você não pode governar efetivamente a menos que tenha um partido unido no parlamento.”

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“E embora eu tenha procurado Rishi [Sunak] e Penny [Mordaunt] – porque esperava que pudéssemos nos unir pelo interesse nacional –, infelizmente não conseguimos encontrar uma maneira de fazer isso”, acrescentou. “Por isso, temo que a melhor coisa seja não permitir que minha indicação vá adiante e entrego meu apoio a quem tiver sucesso. Acredito que tenho muito a oferecer, mas temo que este não seja o momento certo.”

Mordaunt foi a primeira a declarar sua candidatura, na sexta-feira 21. Ela prometeu um “novo começo” para o Reino Unido, com o objetivo de “unir nosso país, cumprir nossas promessas e vencer as próximas eleições gerais”. Além disso, se uniu a Sunak em elogios à saída de Johnson da corrida, dizendo que o ex-primeiro-ministro “colocou o país antes do partido e o partido antes de si mesmo”.

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