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Após negociações, governo da Colômbia e ELN não chegam a acordo de paz

Presidente eleito Iván Duque prometeu endurecer condições de diálogo com guerrilha, o que pode prejudicar a continuidade das negociações

Por Da Redação
1 ago 2018, 20h44
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  • O governo da Colômbia e a guerrilha ELN não chegaram a um acordo de paz após negociações em Cuba, revelou nesta quarta-feira (1) o presidente Juan Manuel Santos.

    Santos terminará seu mandato em 7 de agosto sem alcançar um cessar-fogo com o grupo. O futuro do processo ficará nas mãos do novo presidente, Iván Duque.

    “O que esperamos é que o novo governo decida se vai continuar. Eu espero que o faça, com o que falta – que é muito pouco, eu diria que uns 10% – para iniciar o cessar-fogo real e verificável e continuar com o restante da agenda”, afirmou o presidente.

    Santos assegurou que até a noite de terça-feira (31), as partes tinham bem definido como se desenvolveria a nova trégua bilateral e temporária. Porém, o cessa-fogo não pôde ser concretizada pela falta de um acordo sobre os procedimentos de verificação internacional de seu cumprimento, que ficarão a cargo da ONU.

    “Para verificar são necessários alguns protocolos, uns procedimentos muito precisos para que não haja equívocos” e que todo mundo “fique tranquilo”, acrescentou.

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    O presidente assegurou que os protocolos foram exigidos “primordialmente” pelas Nações Unidas, que monitoraria a trégua juntamente com a Igreja Católica. A ONU deverá agora consultar o governo do conservador Duque sobre os procedimentos para o novo cessar-fogo.

    “Seria realmente contraproducente assinar algo que o novo governo não avalize (…) Seria desfazer tudo, gerar expectativas muito além do real e do conveniente”, explicou Santos.

    O presidente em fim de mandato ordenou o retorno de seus negociadores a Bogotá para que elaborem um informe para o novo governo sobre o estado das conversações, iniciadas formalmente em 2017. Santos assegurou que sua delegação em Cuba deixou “bases muito avançadas” para as negociações.

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    O presidente eleito, afilhado político do ex-presidente Álvaro Uribe, prometeu endurecer as condições dos diálogos com o Exército de Libertação Nacional (ELN). Além disso, afirmou que vai alterar trechos do histórico acordo de paz que desarmou e transformou em partido político a ex-guerrilha das Farc.

    (Com AFP)

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