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Após prisão, presidente afastado da Coreia do Sul é interrogado sobre lei marcial

Yoon Suk Yeol, que também sofreu impeachment, está sob duas investigações que o acusam de tentativa de golpe de Estado

Por Redação Atualizado em 15 jan 2025, 09h01 - Publicado em 15 jan 2025, 08h59

Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul afastado do cargo por impeachment, foi interrogado por autoridades da agência anticorrupção nesta quarta-feira, 15, após ser preso no âmbito de uma investigação que o acusa de golpe de Estado pela tentativa de imposição de lei marcial no país. Ele afirmou estar cooperando com o que chamou de “investigação ilegal” somente para evitar violência.

Sua prisão, a primeira de um presidente sul-coreano em exercício, foi aprovada por um tribunal sul-coreano após ele ignorar uma série de intimações para comparecer a interrogatórios do Escritório de Investigação de Corrupção para Oficiais de Alto Nível (CIO). Uma tentativa anterior de detê-lo foi frustrada, quando guardas presidenciais barraram o acesso dos investigadores à sua residência na área conhecida como Beverly Hills de Seul, onde está escondido desde que foi afastado por impeachment – também devido ao decreto de lei marcial em 3 de dezembro, de curta vigência.

Ele finalmente se entregou e concordou em comparecer para interrogatório depois que mais de 3 mil policiais determinados a prendê-lo marcharam até sua residência nas primeiras horas desta quarta-feira.

“Decidi responder à investigação do CIO — apesar de ser uma investigação ilegal — para evitar derramamento de sangue desagradável”, disse Yoon em uma declaração.

Defesa da lei marcial

Em uma carta publicada na sua página no Facebook nesta quarta-feira, horas depois de ser preso, Yoon defendeu a decisão de declarar lei marcial, segundo ele “uma medida para proteger a soberania e restaurar a ordem”.

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“Foi uma resposta necessária para garantir que nossa democracia e o governo funcionassem adequadamente durante este período turbulento”, afirmou o líder, acrescentando que a atuação dos militares naquele momento “foi limitada e precisa” e não violou princípios constitucionais.

Durante o breve período em que a lei vigorou, tropas tentaram invadir o Congresso para impedir que ela fosse votada. A investida fez o prédio ser palco de embates entre assessores munidos de extintores de incêndio e os militares, numa amostra do caos no qual o país mergulhou após o decreto.

Além disso, as forças disseram ter recebido ordem de retirar parlamentares do plenário e autorização para disparar para entrar no local se necessário.

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Resistência ao interrogatório

Um promotor acompanhou Yoon na viagem de carro de sua casa até os escritórios do CIO, onde ele entrou por uma porta dos fundos, evitando a mídia. As autoridades agora têm 48 horas para interrogá-lo, após o que devem pedir um mandado para detê-lo por até 20 dias, ou libertá-lo.

No entanto, um funcionário da agência anticorrupção afirmou que Yoon está se recusando a falar e não concordou em gravar as entrevistas com investigadores. O interrogatório foi pausado para o jantar – sopa de pasta de feijão – e pode ser retomado ainda nesta quarta.

Os advogados de defesa chamaram o mandado de prisão de ilegal, denunciando que a equipe criada para investigá-lo não tinha jurisdição legal para pedir sua detenção.

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Guardas presidenciais se posicionaram no andar do CIO onde Yoon está sendo interrogado, segundo a Reuters, mas ele provavelmente será mantido no Centro de Detenção de Seul, onde outras figuras relevantes, incluindo a ex-presidente Park Geun-hye e o presidente da Samsung Electronics, Jay Y. Lee, também passaram um tempo.

Separadamente da investigação criminal, o Tribunal Constitucional sul-coreano também está deliberando se deve manter seu impeachment pelo parlamento, ou restaurar seus poderes presidenciais. Yoon faltou a uma audiência na terça-feira 14, adiando o processo que deve durar no máximo 180 dias.

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