Aprovação de Joe Biden sobe às vésperas de eleições legislativas
Pesquisa aponta que presidente e colegas democratas estão ganhando força, mas preocupações sobre como lidar com a economia persistem
Uma pesquisa da Associated Press-NORC Center revelou um crescimento na aprovação da população dos Estados Unidos em relação ao governo do presidente Joe Biden. De acordo com o levantamento, publicado nesta quinta-feira, 15, o apoio ao mandatário se recuperou de 36% em julho para 45% em agosto, impulsionando candidaturas do Partido Democrata apenas dois meses antes das eleições à Câmara dos Deputados e ao Senado.
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A pesquisa foi realizada de 9 a 12 de setembro e consultou 1054 adultos, amostra que a organização afirma ser representativa da população dos EUA.
Desde maio, o índice de aprovação do presidente estadunidense não ultrapassava a barreira dos 40%. Especialistas atribuem essa baixa popularidade ao aumento da inflação após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
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Neste período, quando os preços da gasolina atingiram o pico e os legisladores pareciam estar num impasse, membros do partido de Biden enfrentaram a possibilidade de grandes perdas contra os republicanos nas eleições de meio mandato.
Contudo, a subida nas pesquisas ocorreu quando o chefe de Estado anunciou um acordo provisório entre ferrovias e sindicatos, que evitou uma greve que poderia ter devastado a economia.
A classificação do presidente agora é semelhante ao que era ao longo do primeiro trimestre do ano, mas ele continua aquém das máximas iniciais. Seu índice médio de aprovação nas pesquisas da AP-NORC nos primeiros seis meses de seu mandato foi de 60%.
O índice de aprovação do presidente permanece submerso, com 53% dos adultos dos EUA desaprovando-o, e a economia continua sendo um fator preocupante para Biden. Apenas 38% aprovam sua liderança econômica, de acordo com o levantamento da NORC.
Ainda assim, a pesquisa sugere que Biden e seus colegas democratas estão ganhando força, enquanto os republicanos enfrentam resistência de parte da população desde que a Suprema Corte derrubou Roe v. Wade, medida legislativa que permitia o aborto.
A imagem do partido de Donald Trump também ficou arranhada após uma busca do FBI que encontrou documentos confidenciais do governo na mansão do ex-presidente na Flórida. A grande repercussão em torno do incidente foi intensificada quando Biden classificou Trump como uma ameaça fundamental à democracia.
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Essa combinação de fatores, aliada à queda de 26% no preço médio da gasolina, renovou o prestígio do líder norte-americano especialmente entre os eleitores democratas, que demostraram sinais de desânimo no início do verão.
Agora, 78% dos democratas aprovam o desempenho de Biden, contra 65% em julho. Sessenta e seis por cento dos democratas aprovam Biden na economia, acima dos 54% em junho.
Apesar de 71% americanos em geral estarem ainda pessimistas sobre a economia, cerca de um quarto (27%) agora diz que as coisas no país estão indo na direção certa, acima dos 17% em julho.