Até a semana passada, o Zimbábue ostentava o triste recorde de ter a maior inflação mundial (340% em comparação com setembro do ano passado) e de ter a taxa de juros mais alta do mundo (150%). Na quarta-feira, 25, com um corte para impulsionar seu crescimento econômico, o bastão foi passado para a Argentina, que agora tem a taxa mais alta: 133%.
O valor da taxa de juros que rege um país está relacionado à inflação. Os bancos centrais utilizam esse valor para expandir ou desacelerar a economia e como forma de conter o aumento dos preços.
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A moeda do Zimbábue, o dólar zimbabuano, despencou cerca de 85% face ao dólar americano entre maio e junho, fazendo com que a inflação subisse para 176% ao final desse período. Para melhorar a situação econômica, o governo então liberalizou a taxa de câmbio e introduziu medidas para promover a utilização da moeda local, tais como exigir que os impostos corporativos fossem pagos em dólares zimbabuanos, o que ajudou a estabilizá-la e a restaurar alguma estabilidade de preços.
Depois da revisão da importância do dólar americano na economia do Zimbábue, a inflação anual abrandou para 18,4% em setembro, face aos 77% do mês anterior. Na Argentina, o aumento excessivo de preços seguiu o caminho inverso: passou de 6% em junho e 6,3% em julho, para 12,4% em agosto e 12,7% em setembro.
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Atrás da Argentina e do Zimbábue, o país que tem a taxa mais elevada é a Venezuela, mas com 55%, menos de metade do índice de Buenos Aires. Em seguida, o ranking continua com Gana, com 30%, Turquia, Paquistão, Líbano, Ucrânia, Egito, Nigéria, Moçambique, Angola, Cazaquistão, Uzbequistão e a Colômbia, que tem uma taxa rondando os 13%.
Do outro lado do ranking, o Japão não só tem a taxa mais baixa como é negativa, de 0,10%. Em seguida vêm Fiji, Suíça, Taiwan, Belize, Croácia, Tailândia e Albânia. A Zona do Euro tem uma taxa de 4,5% e os Estados Unidos de 5,25%.