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Argentina investiga se novo ruído veio de submarino desaparecido

Se embarcação estiver no fundo do mar sem condições de subir à superfície, restariam menos de 48 horas de oxigênio aos tripulantes

Por Solly Boussidan Atualizado em 4 jun 2024, 18h49 - Publicado em 20 nov 2017, 20h24

A rede de televisão americana CNN informou na tarde desta segunda-feira que a marinha da Argentina detectou de forma passiva um novo ruído dentro da área de busca pelo submarino ARA San Juan, que desapareceu há cinco dias com 44 militares a bordo.

Pouco depois do fato ser divulgado, o porta-voz militar, Enrique Balbi, confirmou a informação, pedindo cautela. “Não quero criar falsas expectativas. É um ruído no mar e temos que analisá-lo com um software especial. Isso demandará cerca de três horas”, disse Balbi, dizendo também que o ponto onde o ruído foi detectado coincide com a rota que havia sido prevista para o submarino.

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Mapa mostra local onde o submarino argentino ARA San Juan desapareceu e o ponto onde o ruído foi detectado. (André Fuentes/VEJA.com)

Buscas críticas

Quanto mais tempo se passa desde o desaparecimento da embarcação, menores são as chances de que os tripulantes sobrevivam. Conforme informado pela marinha argentina, em condições normais, o ARA San Juan teria até 90 dias de autonomia sem ajuda externa.

Com a quantidade de suprimentos que levavam, os tripulantes sobreviveriam por dez dias, prazo que se ampliaria para 30 dias caso racionassem os víveres. Isso, no entanto, dependeria de o submarino ou estar na superfície ou ter condiçõesde chegar a ela para reabastecer seu estoque de oxigênio.

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No pior dos cenários — um no qual o submarino estivesse no fundo do mar sem condições de emergir –, o oxigênio da manteria os tripulantes vivos por até sete dias e, a essa altura, restariam menos de 48 horas para que fossem encontrados com vida.

O ARA San Juan fez seu último contato na manhã do dia 15 quando ia de Ushuaia, no extremo sul da Argentina, a Mar del Plata, cerca de 400 km ao sul de Buenos Aires. Nessa mesma manhã, o capitão do submarino havia reportado uma avaria nas baterias da embarcação.

As buscas continuam com a ajuda de outras cinco nações — entre elas o Brasil — apesar do mau tempo, que prejudica os trabalhos.

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