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As condições para Ucrânia entrar na União Europeia antes de 2030, segundo Von der Leyen

Presidente da Comissão Europeia destaca avanços nas reformas ucranianas e reforça apoio ao país no terceiro aniversário da invasão russa

Por Júlia Sofia
Atualizado em 24 fev 2025, 16h13 - Publicado em 24 fev 2025, 16h07

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou nesta segunda-feira, 24, que a Ucrânia pode se tornar membro da União Europeia antes de 2030, desde que mantenha o ritmo e a qualidade das reformas necessárias para a adesão. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em Kiev, no aniversário de três anos da guerra em Kiev, em meio à crescente incerteza sobre o futuro do conflito.

“Aprecio profundamente a vontade política demonstrada. Se a Ucrânia continuar nesse ritmo e com essa qualidade, é possível que a adesão ocorra antes de 2030”, afirmou von der Leyen. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, reforçou que a entrada da Ucrânia no bloco representaria a principal garantia de segurança para o futuro do país.

As reformas para atender aos padrões da UE envolve uma série de questões, desde combate à corrupção, regulamentação da agricultura e até regras alfandegárias. A guerra, no entanto, acrescenta camadas extras de dificuldades para implementação e mudanças.

Desde 2019, a Ucrânia incorporou em sua Constituição o objetivo de aderir tanto à União Europeia quanto à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar ocidental liderada pelos Estados Unidos. No entanto, o desejo de ingressar na Otan foi um dos fatores que levaram à invasão russa, em fevereiro de 2022, com Moscou alegando que a expansão até suas fronteiras ameaçava sua segurança nacional.

A visita de von der Leyen é a nona desde o início da guerra e faz parte de um esforço da União Europeia para reafirmar seu compromisso com a Ucrânia, em meio às crescentes discordâncias entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o presidente americano, Donald Trump.

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Nos últimos dias, o presidente americano chamou o ucraniano de “ditador”, sugeriu que a Ucrânia é a culpada pela guerra e encerrou os três anos de isolamento diplomático do líder russo ao abrir negociações com Moscou. Autoridades dos Estados Unidos também indicaram a Kiev a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e um retorno às fronteiras pré-invasão (a Rússia ocupa quase 20% do território do país) seriam “irrealistas”, essencialmente aderindo aos termos de Putin para o fim do conflito.

Trump, ansioso para transferir o fardo de apoiar a Ucrânia para a Europa, tenta cumprir sua promessa de campanha de acabar com a guerra o mais rápido possível. Mas a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, insistiu que os Estados Unidos não podem fechar nenhum acordo de paz para acabar com a guerra sem que a Ucrânia ou a Europa estejam envolvidas. Ela criticou as “posições pró-Rússia” assumidas pelo governo americano.

O giro de 180 graus na política de Washington disparou alarmes no velho continente, onde os governos temem ser marginalizados pelos americanos nos esforços para chegar a um acordo de paz. Também estão pensando em como podem compensar possíveis cortes na ajuda militar e financeira dos Estados Unidos para a Ucrânia. A mudança também colocou pressão na histórica aliança transatlântica.

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