Uma das principais assessoras do presidente americano Donald Trump pediu nesta quinta-feira que o público que compre roupas da marca de Ivanka Trump, a filha mais velha do líder, que deixou de ser vendida em algumas redes varejistas.
Kellyanne Conway, conselheira do presidente, defendeu hoje os comentários do líder contra a Nordstorm, que deixou de vender roupa da marca Ivanka Trump em suas lojas nos Estados Unidos e Canadá – “Minha filha Ivanka recebeu um tratamento tão injusto da @Nordstrom. Ela é uma ótima pessoa, sempre me estimulando a fazer o correto! Terrível!”, escreveu Trump em sua conta pessoal e no perfil da Presidência dos EUA no Twitter nessa quarta-feira.
“Saiam e comprem coisas de Ivanka. Eu vou sair e comprar algo”, disse Conway em uma entrevista ao canal Fox News. “É um linha de roupa maravilhosa. Eu tenho algumas peças. Vou fazer publicidade gratuita. Saiam e comprem (roupas de Ivanka).”
A conselheira da Casa Branca disse que Ivanka é uma “bem-sucedida empresária” e uma “uma defensora do empoderamento da mulher e da presença da mulher no trabalho”.
A Nordstrom justifica a retirada dos produtos Ivanka Trump de suas mais de 300 lojas pelas decepcionantes vendas da linha. “No ano passado, particularmente na última metade de 2016, as vendas da marca caíram constantemente até chegar num ponto que não fazia sentido dar continuidade às vendas dessa linha de roupa”, explicou hoje a Nordstorm em comunicado.
Violação de lei federal
Chris Liu, ex-vice-secretário de Trabalho do governo Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira que Conway violou a lei federal que regula o comportamento de funcionários públicos com seus comentários.
Em mensagem no Twitter, Liu especificou que as normas proíbem que todo funcionário faça uso de um escritório e cargo público para apoiar um produto, empresa ou serviço, tanto se for para benefício privado como para o de um amigo ou familiar.
“Se nós fizéssemos o que @KellyannePolls fez, seríamos demitidos. Nosso patrão se preocupava com a ética”, tuitou Liu.
(Com EFE)