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Ataque a tiros no Texas mata ao menos 19 crianças e 3 adultos

Ataque já é considerado o maior a uma instituição de ensino infantil nos Estados Unidos em quase dez anos

Por Da Redação Atualizado em 25 Maio 2022, 06h12 - Publicado em 24 Maio 2022, 18h43

Ao menos 19 crianças foram mortas em um ataque a tiros em uma escola primária em Uvalde, no sul do estado do Texas, nesta terça-feira, 24, no que já é considerado o maior ataque a uma instituição de ensino infantil nos Estados Unidos em quase dez anos.

O número de mortos também inclui três adultos, de acordo com o senador Ronald Gutierrez, que disse ter recebido informações da polícia do estado sobre as vítimas. Não está claro e o número inclui o autor do ataque, que morreu, possivelmente baleado por policiais que responderam ao chamado ao local.

De acordo com o governador Greg Abbott, o atirador foi identificado como Salvador Ramos, um morador da região de 18 anos. Ele teria entrado na escola com uma pistola e um rifle.

“Ele atirou e matou, de forma horrível e incompreensível, 14 alunos e um professor”, disse o político, acrescentando que dois policiais foram baleados e feridos, mas não estão em estado grave. “Acredita-se que ele abandonou seu veículo e entrou na escola primária.”

+ Estados Unidos: Em memória de mais um massacre

Não é imediatamente claro quantas pessoas, além dos mortos, ficaram feridas, mas o chefe do distrito escolar de Uvalde, Pete Arredondo, disse que há “diversas”. Pouco antes, o Uvalde Memorial Hospital afirmou que 13 crianças foram admitidas e outro hospital relatou que uma mulher de 66 anos estava em estado grave.

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A escola que foi palco do ataque tem cerca de 600 alunos e fica em um bairro majoritariamente residencial de casas modestas. A cidade de Uvalde, por sua vez, tem cerca de 16.000 habitantes e fica a pouco mais de 100 quilômetros da fronteira com o México.

O caso representa o ataque a tiros mais mortal na história do Texas e um dos mais mortais do país desde que um atirador matou 26 pessoas, incluindo 20 crianças de 5 a 10 anos de idade, na escola Sandy Hook, Connecticut, em dezembro de 2012.

Em 2018, um ex-aluno da escola Marjory Stoneman, na Flórida, matou 17 alunos e professores.

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Junto ao histórico local, o ataque acontece menos de duas semanas após um atirador abrir fogo em um supermercado em Buffalo, no estado de Nova York, matando 10 pessoas, no que autoridades descreveram como um crime de ódio e terrorismo doméstico.

Payton Gendron, homem branco de 18 anos, chegou com a intenção de tirar “o maior número possível de vidas negras”, de acordo com o prefeito Byron Brown, e chegou a dirigir mais de 320 quilômetros para realizar o ataque. Há indícios de que ele vasculhou a comunidade e o supermercado antes de realizar o ataque – das 13 pessoas baleadas, 11 eram negras, segundo a polícia local. 

A incidência de novos ataques coloca de volta aos holofotes o debate sobre acesso a armas e segurança em escolas. De acordo com levantamento do jornal Education Week, foram 28 casos com ao menos uma pessoa morta ou ferida contra 10 em 2020, quando escolas estavam em su maioria fechadas por causa da pandemia, e 24 em 2019 e 2018.

Só nos 25 primeiros dias do ano de 2022, 1.100 pessoas morreram vitimadas por armas de fogo, um recorde. A estatística inclui 22 policiais mortos em serviço.

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A disparada nas mortes violentas acontece no momento em que os Estados Unidos registram recordes em vendas de armamentos.

Desde o início da pandemia, em 2020, os americanos compraram 41 milhões de armas. Trata-se de um salto de 64% na comparação com o período anterior à crise sanitária. Entre os que adquiriram armas no período recente, 3,2 milhões estavam adquirindo o item pela primeira vez.

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