O Exército de Israel lançou na manhã desta quarta-feira, 20, uma série de ataques aéreos “em larga escala” contra posições do regime sírio e das forças iranianas Al-Quds em Damasco, capital da Síria. Pelo menos 21 combatentes foram mortos.
Na terça-feira, 19, o sistema de defesa antimísseis de Israel interceptou quatro foguetes lançados da Síria “por elementos iranianos” em direção ao norte do país, segundo o Exército israelense. E, na manhã desta quarta-feira, a retaliação israelense foi registrada pela ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), que possui uma vasta rede de fontes no país em guerra.
As Forças de Defesa de Israel (FDI), como são conhecidas as forças armadas do país, reivindicaram a autoria dos ataques contra posições do regime sírio, do ditador Bashar Assad. O governo de Assad é aliado ao Irã, que é visto como o grande inimigo regional de Israel.
Segundo o porta-voz do Exército israelense, Jonathan Conricus, “o alvo principal foi ‘um prédio de vidro’ localizado no perímetro militar do Aeroporto Internacional de Damasco”. Mas o ataque atingiu também outras regiões da capital síria e de seus arredores.
“Quem nos atacar, nós o atacaremos. Foi o que fizemos hoje à noite contra alvos militares sírios e das forças iranianas Al-Quds na Síria”, disse o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, atualmente em negociações intensas para permanecer no poder após perder as eleições parlamentares de setembro para o militar aposentado Benny Gantz.
Segundo as FDI, os aviões de combate israelenses atingiram uma “dúzia de alvos militares” na Síria, incluindo armazéns e centros de comando militar. O OSDH informou, por sua vez, que 21 combatentes, incluindo sete estrangeiros — sem poder informar as nacionalidades —, foram mortos nessas incursões noturnas de Israel.
Na semana passada — em meio a uma série de confrontos entre Israel e o grupo terrorista Jihad Islâmica, que centra suas atividades no território palestino — ataques israelenses em Gaza, na Palestina, deixaram 34 mortos e 110 feridos, segundo o ministério da Saúde local.
(Com AFP)