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Ataque do Estado Islâmico mata 30 membros de forças pró-governo da Síria

Observatório Sírio de Direitos Humanos diz que quatro vítimas eram soldados e 26 faziam parte da milícia apoiadora de Assad, as Forças de Defesa Nacional

Por Da Redação
8 nov 2023, 09h08
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  • O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), um monitor de guerra, disse nesta quarta-feira, 8, que ataques do grupo Estado Islâmico (EI) no deserto da Síria mataram pelo menos 30 membros de forças pró-governo Bashar al-Assad. A organização terrorista intensificou recentemente suas operações na área, após uma recuada em 2019.

    “Trinta pessoas morreram, sendo quatro deles soldados e 26 das Forças de Defesa Nacional, em ataques simultâneos realizados pelo grupo Estado Islâmico na manhã desta quarta-feira em postos de controle e posições militares”, informou o OSDH em comunicado.

    As Forças de Defesa Nacional são uma milícia formada em 2012, organizada e apoiada pelo governo de al-Assad.

    Os ataques ocorreram em Badia, deserto que se estende da província central de Homs até a fronteira leste da Síria, com o Iraque. Ainda de acordo com o Observatório, esta foi a operação do Estado Islâmico mais mortífera desde agosto, quando 33 soldados morreram devido a um ataque a um carro do exército, na cidade de Deir ez-Zor.

    O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, afirmou ainda que o número de mortes deve aumentar, já que alguns feridos estão em estado grave.

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    O Estado Islâmico voltou a intensificar ataques contra a Síria neste ano, especialmente nas áreas para onde os seus combatentes recuaram após a perda dos territórios que controlavam no país, em 2019, como o deserto de Badia.

    Depois de uma ascensão rápida ao poder em 2014, tanto na Síria quanto no Iraque, o grupo jihadista viu o seu autoproclamado “califado” minguar, também rapidamente, ao longo dos anos seguintes, com a criação de uma coligação internacional contra o Estado Islâmico – que a França sugeriu ser ampliada agora para combater o Hamas, na Faixa de Gaza, em guerra contra Israel.

    Na ocasião, sucessivas ofensivas foram lançadas na Síria e Iraque. A derrota do EI em território iraquiano foi declarada em 2017 e, no sírio, veio dois anos depois. No entanto, a coligação internacional permaneceu no país para lutar contra células jihadistas que continuam incrustradas no território.

    A guerra civil na Síria, entre forças contra e pró-governo, matou mais de 500 mil pessoas desde 2011 e provocou um dos maiores êxodos de refugiados do século XXI.

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