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Ataque israelense mata 93 em Gaza, incluindo 20 crianças, diz hospital

Ofensiva atinge prédio residencial que abrigava civis deslocados na cidade de Beit Lahiya, no norte do enclave; outras 150 pessoas ficam feridas

Por Da Redação 29 out 2024, 09h32

Um ataque israelense atingiu um prédio residencial que abrigada civis deslocados na cidade de Beit Lahiya, no norte de Gaza, nesta terça-feira, 29, matando ao menos 93 pessoas. Entre os mortos, estão 20 crianças, de acordo com médicos.

Outras dezenas de pessoas continuam desaparecidas e mais 150 ficaram feridas, segundo a emissora árabe Al Jazeera, que consultou o diretor-geral do escritório de mídia do governo de Gaza, Ismail al-Thawabta.

Anteriormente, o Ministério da Saúde de Gaza havia dito que 60 pessoas foram mortas no ataque desta manhã, que atingiu o prédio que virou moradia para civis que tiveram que deixar suas casas por causa da guerra. A estimativa de Al-Thawabta é que o edifício abrigava 200 pessoas.

Feridos

Os militares israelenses ainda não comentaram o ataque aéreo mortal.

Muitos dos feridos foram levados às pressas para o Hospital Kamal Adwan, no interior do campo de refugiados de Jabalia, que é o mais próximo de Beit Lahiya. No entanto, o complexo médico está lutando para tratá-los.

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De acordo com funcionários do hospital, não há mais suprimentos médicos e a equipe conta apenas com dois médicos pediatras, sem cirurgiões. As forças israelenses prenderam dezenas de pessoas no hospital dias atrás. O médico Hossam Abu Safiya, diretor do Kamal Adwan, disse à Al Jazeera na última sexta-feira que a maioria dos cirurgiões havia sido detida, o que significa que procedimentos urgentes não podem ser realizados.

Banimento

O ataque ocorreu um dia depois que o parlamento de Israel aprovou uma lei para proibir a principal agência das Nações Unidas em Gaza, a UNRWA, de operar dentro do país, alarmando muitos dos aliados que temem que isso piorará a situação humanitária no enclave.

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia disse nesta terça-feira que a medida tem como objetivo atrapalhar os esforços para alcançar a chamada solução de dois Estados, que inclui a criação de um país para os palestinos. O Ministério das Relações Exteriores da Jordânia declarou que a votação de segunda -feira foi uma “continuação dos esforços frenéticos de Israel para assassinar a agência da ONU politicamente, além de sua guerra agressiva ao povo palestino”.

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