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Ataque na Síria foi retaliação, e não ‘ato de guerra’, diz Macron

Presidente da França reafirmou ter provas de que o regime do ditador sírio Bashar al-Assad usou armas químicas contra seu próprio povo

Por Estadão Conteúdo 15 abr 2018, 20h15

O presidente da França, Emmanuel Macron, ressaltou neste domingo que o ataque militar realizado em conjunto com os Estados Unidos e com o Reino Unido contra alvos sírios foram realizados em retaliação ao suposto ataque químico, que teria sido feito a mando do governo de Bashar al-Assad. Em pronunciamento, Macron reafirmou ter evidências de que Assad usou armas químicas contra seu próprio povo.

O presidente francês comentou que os ataques foram “retaliação, não um ato de guerra”. Macron disse que os aliados tinham “plena legitimidade internacional para intervir” na Síria, porque a ofensiva se deu no âmbito da aplicação do direito internacional humanitário. O líder francês afirmou, ainda, que os aliados foram forçados a agir em um mandado explícito da Organização das Nações Unidas (ONU) devido ao “constante impasse dos russos” no Conselho de Segurança. “Chegamos em um momento em que esses ataques se tornaram indispensáveis.”

Ele também afirmou que a França deseja lançar uma iniciativa diplomática sobre a Síria, que incluiria potências ocidentais, como Rússia e Turquia. Emmanuel Macron declarou ainda que “estamos preparando uma solução política” com o objetivo de permitir uma solução política para a Síria. Ele ressaltou que a diplomacia francesa é capaz de conversar com o Irã, Rússia e Turquia de um lado e os EUA do outro.

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De acordo com Macron, “dez dias atrás, Trump queria se retirar da Síria, mas nós o convencemos a permanecer”. Os EUA, a França e o Reino Unido lançaram ataques aéreos na noite de sexta-feira em três instalações de armas químicas na Síria para punir o regime de Bashar al-Assad, alegando uso de armas químicas na cidade de Douma em 7 de abril. Macron também acrescentou que os russos são “cúmplices” do uso de armas químicas pelo regime sírio porque bloquearam o Conselho de Segurança da ONU.

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