Ataques de Israel em Gaza matam dezenas e Egito faz nova proposta de cessar-fogo
Proposta egípcia prevê libertação de reféns e fim das hostilidades por uma semana, em troca da soltura de palestinos detidos e de ajuda humanitária
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24 mar 2025, 09h55
Uma série de ataques de Israel matou ao menos 60 pessoas na Faixa de Gaza, informou o Ministério da Saúde palestino nesta segunda-feira, 24. Enquanto cresce a instabilidade no enclave palestino, após o governo israelense violar o cessar-fogo acordado em janeiro, o Egito trabalha para que uma nova trégua seja estabelecida entre Tel Aviv e o grupo terrorista palestino Hamas, em guerra desde outubro de 2023.
A proposta egípcia prevê que os militantes libertem cinco reféns vivos, incluindo um americano-israelense, em troca da soltura de centenas de palestinos detidos e de uma permissão de Israel para aumentar o fluxo de ajuda humanitária em Gaza. Além disso, os combates pausariam por uma semana. O plano foi recebido “positivamente” pelo Hamas, disse um oficial do grupo palestino, sob condição de anonimato, à agência de notícias Associated Press.
Com as recentes mortes, o número de vítimas do conflito subiu para 50.082 palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde em Gaza. Nas últimas 24 horas, hospitais em Gaza receberam 143 feridos. No total, os combates deixaram mais de 113 mil pessoas feridas no território. A Defesa Civil Palestina também perdeu contato com seis de seus membros que atuavam numa missão de resgate na superpopulosa cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.
Fim da trégua no Líbano
Israel também voltou a bombardear o sul do Líbano neste sábado, 22, rompendo uma trégua de quatro meses com o país. A nação confirmou o ataque em uma região considerada reduto da milícia libanesa Hezbollah. Uma pessoa morreu e três ficaram feridas.
Segundo o governo de Israel, o ataque ocorreu em resposta a disparos de três foguetes vindos do Líbano em direção a Israel. Os foguetes foram interceptados. Já o ataque israelense, feito por meio de artilharia, atingiu duas cidades libanesas, enquanto bombardeios foram lançados em outras três cidades.
Os dois países entraram em conflito no ano passado, quando o Hezbollah passou fazer disparos contra Israel em solidariedade aos palestinos. O cessar-fogo foi assinado em novembro de 2024, mediado pelos Estados Unidos.
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