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Ataques dos EUA contra barcos na América Latina são ‘execuções extrajudiciais’, diz ONU

Organização fez primeira declaração sobre operações do governo de Donald Trump perto das costas de Venezuela e Colômbia

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 out 2025, 11h14

O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, afirmou nesta sexta-feira, 31, que ataques dos Estados Unidos contra embarcações no Caribe e no Pacífico são “execuções extrajudiciais” e “inaceitáveis”. A declaração é a primeira manifestação da ONU sobre operações do governo de Donald Trump em áreas da América Latina próximas às costas da Venezuela e da Colômbia.

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“Esses ataques, com seu crescente custo humano, são inaceitáveis. Os Estados Unidos devem pôr fim a tais ataques e tomar todas as medidas necessárias para evitar execuções extrajudiciais de pessoas a bordo dessas embarcações, independentemente de qualquer suposta atividade criminosa”, disse Türk.

Até o momento, 15 embarcações — oito no Caribe e sete no Pacífico — foram alvos de ataques americanos, que deixaram mais de 50 mortos.

Destróieres com mísseis guiados, caças F-35, um submarino nuclear e cerca de 6.500 soldados foram despachados para a região, enquanto Trump intensifica o jogo de quem pisca primeiro com o governo venezuelano. Na semana passada, o republicano revelou que havia autorizado a CIA a conduzir operações secretas dentro da Venezuela, aumentando as especulações em Caracas de que Washington quer derrubar o presidente Nicolás Maduro.

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Os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à captura do chefe do regime chavista. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, também foi acusado por Trump de ser “líder do tráfico de drogas” e “bandido”. Em paralelo, intensificam-se os ataques a barcos na região. O último episódio ocorreu nesta terça-feira, 28, em águas internacionais no Pacífico.

Os incidentes geraram alarme entre alguns juristas e legisladores democratas, que denunciaram os casos como violações do direito internacional. Em contrapartida, Trump argumentou que os EUA já estão envolvidos em uma guerra com grupos narcoterroristas da Venezuela, o que torna os ataques legítimos. Autoridades do governo afirmaram ainda que disparos letais são necessários porque ações tradicionais para prender os tripulantes e apreender as cargas ilícitas falharam em conter o fluxo de narcóticos em direção ao país.

+ EUA ampliam ação militar e fazem terceira missão com bombardeiros na costa da Venezuela

Dados das Nações Unidas enfraquecem o discurso americano. O Relatório Mundial sobre Drogas de 2025 indica que o fentanil — principal responsável pelas overdoses nos Estados Unidos — tem origem no México, e não na Venezuela, que praticamente não participa da produção ou do contrabando de fentanil para território americano.  O documento também aponta que as drogas mais usadas pelos americanos não têm origem na Venezuela — a cocaína, por exemplo, é consumida por cerca de 2% da população norte-americana e vem majoritariamente de Colômbia, Bolívia e Peru.

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Em meio aos ataques, militares do alto escalão envolvidos na ampliação das operações na América Latina precisaram assinar acordos de confidencialidade (NDAs, na sigla em inglês), informou a agência de notícias Reuters nesta semana. O documento de sigilo é altamente incomum, uma vez que os oficiais já são obrigadas a proteger segredos de segurança nacional.

Três autoridades militares, sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto, disseram à Reuters que não há informações oficiais sobre o número de funcionários do Departamento de Guerra dos EUA — como o Departamento de Defesa foi renomeado pelo governo Trump — que foram convidados a assinar os NDAs, nem sobre qual é seu escopo.

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