O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um monitor de guerra com sede no Reino Unido, elevou para 25 o número de mortos nos ataques israelenses contra a Síria na noite de domingo 8.
Anteriormente, o observatório falava em 18 mortes. Já agência de notícias estatal síria reportou que o número de óbitos confirmados não passou de 16.
O grupo independente disse que, entre as pessoas que perderam a vida, estavam “cinco civis, quatro soldados e funcionários de inteligência, e 13 sírios trabalhando com grupos pró-Irã”, referindo-se à rede de facções islâmicas no Oriente Médio que recebe apoio logístico e financeiro do regime dos aiatolás. Os três corpos restantes não foram identificados, acrescentou em comunicado.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos descreveu o ataque da última noite como “um mais violentos” ataques das Forças de Israel contra a Síria em anos, informando que pelo menos 14 mísseis foram utilizados na investida.
Ataque “criminoso”
O Irã condenou ofensiva que deixou dezenas de mortos na Síria e chamou o ataque de Israel de “criminoso”
“Condenamos veementemente este ataque criminoso do regime sionista em solo sírio”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanani, em uma entrevista coletiva em Teerã. Ele pediu que os aliados de Israel “parem de apoiar e armar” o país.
Desde o ataque terrorista do grupo palestino Hamas, em 7 de outubro do ano passado, contra comunidades do sul israelense, Tel Aviv intensificou ofensivas contra milícias apoiadas pelo Irã pelo Oriente Médio, que também vêm revidando ao atingir suas defesas aéreas. Isso intensificou as tensões já elevadas pela guerra na Faixa de Gaza na região.
Israel realizou centenas de ataques contra alvos dessas facções dentro de áreas controladas pelo governo na Síria nos últimos anos, mas raramente reconhece a autoria das operações. As ofensivas geralmente miram forças sírias ou grupos apoiados pelo Irã, que o exército israelense prometeu impedir de se entrincheirarem na região – principalmente em território sírio, que é uma rota importante para o envio de armas iranianas para o Hezbollah, do Líbano, a maior e mais poderosa facção do gênero.