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Atentado com carro-bomba a quartel paramilitar do Paquistão deixa 10 mortos; veja vídeos

Força da explosão danificou outros veículos e quebrou janelas de edifícios próximos, enquanto pedestres foram atingidos por estilhaços

Por Paula Freitas SEGUIR SEGUINDO 30 set 2025, 10h24

Agentes de segurança inspecionam local de explosão do lado de fora da sede do Corpo de Fronteira (FC) em Quetta, no Paquistão. 30/09/2025 (Banaras KHAN/AFP)

Ao menos 10 pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas após um carro-bomba explodir nesta terça-feira, 30, do lado de fora da sede do Corpo de Fronteira paramilitar do Paquistão, em Quetta, capital da província de Baluchistão. Uma câmera de segurança mostra o momento em que o veículo vira em direção à sede e, em poucos segundos, detona. O ataque suicida foi seguido por tiros. A força da explosão danificou outros carros e quebrou janelas de edifícios próximos, enquanto pedestres foram atingidos por estilhaços.

“Simplesmente me deu um branco. Fui atingido por cacos de vidro no braço e nas costas. A explosão foi simplesmente enorme”, contou Naresh Kumar, que estava do lado de fora de seu escritório no momento do atentado, à emissora catari Al Jazeera.

<blockquote class=”twitter-tweet” data-media-max-width=”560″><p lang=”en” dir=”ltr”>Breaking News: A massive blast has occurred in Quetta, Pakistan. Multiple deaths and casualties have been reported… <a href=”https://t.co/XqMqt1Eyxw”>pic.twitter.com/XqMqt1Eyxw</a></p>— Mr Sinha (@MrSinha_) <a href=”https://twitter.com/MrSinha_/status/1972933228114890997?ref_src=twsrc%5Etfw”>September 30, 2025</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>

A maioria das vítimas eram civis, com dois policiais mortos, segundo o ministro da saúde da província Bakht Muhammad Kakar. O primeiro-ministro do Baluchistão, Mir Sarfraz Bugti, definiu o incidente como um “ataque terrorista” e informou que pelo menos quatro agressores foram mortos pelas forças de segurança locais. O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, condenou o ataque e afirmou, sem dar detalhes, que “os extremistas equivocados estavam agindo de acordo com a agenda da Índia”. O governo indiano não se pronunciou.

<blockquote class=”twitter-tweet” data-media-max-width=”560″><p lang=”en” dir=”ltr”>⚡ Breaking: Pakistan military's Frontier Corps headquarters under attack in Quetta, Pakistan. Massive explosion followed by heavy gunfire ensuing in the compound. It's a developing story. <a href=”https://t.co/IJdikuOKvQ”>pic.twitter.com/IJdikuOKvQ</a></p>— Raja Muneeb (@RajaMuneeb) <a href=”https://twitter.com/RajaMuneeb/status/1972923300084085190?ref_src=twsrc%5Etfw”>September 30, 2025</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>

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O Baluchistão é a maior província do Paquistão, mas é pouco populosa. Por lá, moram 15 milhões de pessoas em um país com mais de 240 milhões de habitantes. Embora abrigue vastas reservas de petróleo, carvão, ouro, cobre e gás, a província enfrenta dificuldades econômicas. O Gwadar, um porto estratégico de águas profundas que é o principal pilar do projeto de US$ 60 bilhões do Corredor Econômico China-Paquistão (CPEC), fica em Bulchistão. Os investimentos chineses, contudo, impulsionaram as críticas na região. Os moradores acusam empresas de Pequim de “roubar recursos locais”, numa onda de ressentimento que levou a ataques de grupos armados locais.