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Ativista do Black Lives Matter é achada morta 9 dias após desaparecimento

Oluwatoyin Salau tinha 19 anos e foi vista pela última vez em 6 de junho, horas antes de denunciar abuso sexual em seu Twitter

Por Da Redação Atualizado em 16 jun 2020, 16h10 - Publicado em 15 jun 2020, 20h03
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  • Oluwatoyin Salau, uma ativista de 19 anos afiliada ao movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) foi encontrada morta na cidade americana de Talllahassee, informou a polícia local nesta segunda-feira, 15. A jovem estava desaparecida havia nove dias, quando denunciou em suas redes sociais ter sido vítima de abuso sexual.

    A polícia encontrou o corpo de Oluwatoyin junto ao de uma idosa, identificada como Victoria Sims, de 75 anos, no último sábado. Um suspeito, Aaron Glee, foi preso. Em comunicado, a polícia não forneceu maiores detalhes, nem explicou se havia alguma relação entre as vítimas e o homem detido.

    A ativista americana desapareceu em 6 de junho, dia em que fez uma séries de tuítes na qual acusou um homem de negro de abuso sexual. Segundo ela, o criminoso se disfarçou de “um homem de Deus” e lhe ofereceu ajuda. “Fui molestada em Tallahassee, Flórida, por um homem negro às 5:30 da manhã em Richview e Park Ave. O homem ofereceu uma carona para encontrar um lugar para dormir e buscou meus pertences em uma igreja onde me refugiei por alguns dias para escapar de condições injustas de moradia”, escreveu Oluwatoyin.

    A jovem contou ainda que o homem o levou para sua casa, se despiu e a tocou sem seu consentimento. Ainda em suas últimas postagens, Oluwatoyin informou que já havia sido vítima de abuso sexual neste ano e que conseguiu fugir da casa, usando as roupas de seu agressor.

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    Oluwatoyin Salau vinha participando ativamente das manifestações que tomaram conta dos Estados Unidos depois da morte do ex-segurança negro George Floyd, no último dia 25, em Minneapolis. A jovem era considerada uma das lideranças contra o racismo em sua região e seus últimos discursos ganharam bastante repercussão nas redes sociais.

    “Para mim, ela era uma jovem e forte líder negra e uma poderosa oradora”, afirmou Trish Brown, uma das fundadoras do Tallahassee Community Action Committee, ao jornal The New York Times. Ela disse ter trocado mensagens de “eu te amo” com Oluwatoyin Salau três dias antes de seu desaparecimento. “Sinto que algo foi arrancado de mim.”

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