Aumenta para nove o número de mortos no desabamento do prédio em Miami
Buscas pelos outros desaparecidos continuam, com mais de 300 pessoas na força-tarefa
As buscas por sobreviventes do prédio que desabou em Surfside, nos Estados Unidos, continuam e foram intensificadas quatro dias depois do acidente. O número de mortos aumentou para nove, com a descoberta de mais cinco corpos e restos mortais próximos da Champlain Towers South. As informações foram confirmadas pela prefeita Daniela Levine Cava, do condado de Miami-Dade. Um menino brasileiro de 5 anos e seu pai continuam desaparecidos.
Mais de 300 pessoas estão trabalhando nas buscas, 24 horas por dia. O pelotão de engenheiros do Exército americano foi chamado para ajudar. Levine Cava disse que mais corpos e restos mortais foram resgatados quando as equipes de resgate começaram a cavar na pilha de destroços durante a noite. Ela disse que o buraco, na forma de uma trincheira, servirá para auxiliar na operação de busca.
Neste domingo, ainda havia mais de 150 pessoas desaparecidas. Das nove pessoas confirmadas como mortas, uma morreu no hospital e oito foram resgatadas no local do desabamento. As autoridades não encontraram nenhum bolsão nos escombros e que pararam de ouvir ruídos que poderiam indicar a presença de sobreviventes.
O desabamento ocorreu na madrugada de quinta-feira, 24, quando caíram 55 dos 136 apartamentos do prédio, localizado em Surfside, enclave à beira-mar, com 5.700 moradores, em uma ilha-barreira na Baía de Biscayne, perto de Miami.
Até agora, quatro das vítimas mortas no desabamento foram identificadas: Antonio Lozano, 83 anos, e Gladys Lozano, 79 anos, do apartamento 903; Manuel LaFont, 54 anos, do apartamento 801; e Stacie Fang, 54 anos, do apartamento 1002. Os corpos de Fang e de Lozano foram resgatados na quinta-feira; o de Lozano e de LaFont na sexta-feira.
Brasileiro desaparecido
O menino Lorenzo, de 5 anos, filho de mãe brasileira e pai italiano, está entre os desaparecidos do desabamento. No Facebook, a mãe do menino, Raquel Oliveira, disse que entregou uma amostra de seu DNA às autoridades americanas para comparação com o das crianças não identificadas conforme forem resgatadas. O pai do menino, que é italiano, também está desaparecido.