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Autópsias na Turquia confirmam uso de armas químicas na Síria

Ataque à província de Idlib causou pelo menos 72 mortes

Por Da redação
Atualizado em 6 abr 2017, 16h00 - Publicado em 6 abr 2017, 09h21

Autópsias feitas na Turquia em vítimas do ataque de terça-feira na Síria confirmam o uso de armas químicas pelo regime de Bashar al-Assad. A afirmação foi feita nesta quinta-feira pelo ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, segundo a agência estatal de notícias Anadolu.

“Autópsias realizadas em três corpos transportados de Idlib a Adana (sul da Turquia) revelaram o uso de armas químicas”, disse o ministro, sem revelar os elementos que baseiam a acusação. Bozdag explicou que os exames contaram com a participação de legistas turcos, além de representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

As autópsias, que demoraram quase três horas, de acordo com a Anadolu, foram gravadas com câmeras. Autoridades turcas e a delegação da OMS também recolheram mostras.

Ataque

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Ao menos 72 pessoas morreram em um bombardeio na terça-feira na província de Idlib, no noroeste da Síria. Os médicos constataram sintomas de um ataque químico: as vítimas tinham pupilas dilatadas, convulsões e espuma saindo pela boca. Dezenas de feridos estão recebendo atendimento médico na Turquia, país vizinho à Síria.

A Turquia e outros países, como Estados Unidos, França e Reino Unido, responsabilizaram o regime de Assad pelo ataque. Na quarta-feira, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou Bashar al-Assad, a quem chamou de “assassino”, de ter ordenado o bombardeio.

O governo da Rússia, que apoia Damasco, afirmou na quarta-feira que a Força Aérea síria bombardeou um depósito dos rebeldes que continha “substâncias tóxicas”. Na explosão, as substâncias teriam sido dispersadas, de acordo com a versão russa.

Até o momento, a natureza dos compostos químicos não foi identificada. De acordo com a OMS, sintomas de algumas vítimas podem ter sido provocados pela exposição a uma categoria de produtos “que incluiria agentes neurotóxicos”.

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(Com AFP)

 

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