“Baby Trump” vai a Washington no Dia da Independência dos EUA
Velho conhecido do presidente americano, o boneco é exibido em frente ao Lincoln Memorial, palco dos discursos e da parada de 4 de julho
O balão gigante “bebê Trump” marcou presença nas comemorações do Dia da Independência dos Estados Unidos, em Washington, nesta quinta-feira, 4. O boneco está exposto em frente ao Lincoln Memorial, exatamente onde o presidente americano, Donald Trump, deverá fazer seu discurso à nação e assistir à parada militar que encomendara especialmente para as Forças Armadas.
O grupo Code Pink, dono do inflável, conseguiu aprovação excepcional do National Park Service, que administra a área do Memorial a Lincoln, para a ocasião. Normalmente, a agência proibiria esse tipo de artefato – ainda mais com sua carga de zombaria ao presidente americano e o propósito de usá-lo para ironizar seu discurso e o desfile de tanques. Mas o Code Pink conseguiu burlar as regras.
Os organizadores do protesto concordaram em deixar o bebê Trump com os pés no chão, em vez de exibi-lo pelos céus da capital americana, como tem sido feito nas exibições do balão em outros lugares do mundo.
Alguns dos participantes na passeata reprovaram as restrições, segurando placas com o pedido para deixarem o “baby Trump voar”. O sucesso do boneco foi tão evidente que os organizadores produziram versões em miniatura do presidente inflável.
O líder dos Estados Unidos deve fazer um discurso durante o evento de “Saudações para a América”, às 18h30 no horário local (19h30 em Brasília). Ele será acompanhado de perto pelo boneco inflável, que será exibido até às 21h.
O “bebê Trump” se tornou uma tradição que assombra o presidente dos Estados Unidos em suas viagens pelo mundo. Sua primeira aparição foi em junho de 2018, durante uma visita de Trump ao Reino Unido recebida com protestos e escárnio por parte dos ingleses.
A versão original não foi financiada por nenhuma organização. Ela foi produzida por meio de um financiamento coletivo de britânicos em uma plataforma online. Os idealizadores do balão se autodenominaram “Trump Babysitters” (“Babás do Trump”).
Com seis metros de altura, a versão bebê de Trump – boneco alaranjado como o presidente bronzeado artificialmente, com fralda, um celular na mão, topete amarelo e boca torta preparada para vociferar – foi concebido como uma sátira ao líder, que dissera se sentir indesejado”
A figura foi vista em outros de seus compromissos importantes no exterior, como a visita de Trump a Paris, em novembro do ano passado. Na ocasião, o presidente americano deveria comparecer a uma cerimônia em tributo aos soldados americanos mortos na Primeira Guerra Mundial, mas alegou o mau tempo para esquivar-se do evento.
Poucas semanas depois, no encontro do G20 em Buenos Aires, na Argentina, o balão gigante voltou a marcar presença. Mas tratava-se de uma réplica da versão londrina. Ele fora inflado em frente do Congresso Nacional da Argentina depois de ter sido produzido e transportado dos Estados Unidos.
O boneco original custou 5.000 libras e foi idealizado pelo designer gráfico e ativista social Matt Bonner, 36 anos, de Londres.