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Bashar al-Assad deixou a Síria e deu ordens para transição de poder, diz Rússia

Mais cedo, rebeldes anunciaram que tinham tomado a capital, Damasco, sem resistência das forças de segurança do país

Por Redação Atualizado em 8 dez 2024, 09h29 - Publicado em 8 dez 2024, 09h02

O presidente Bashar al-Assad deixou a Síria e deu ordens para uma transição de poder, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia neste domingo, 8, horas após rebeldes sírios tomarem a capital, Damasco, sem encontrar resistência das forças de segurança.

Em um comunicado, o ministério afirmou que Assad deixou ordens para uma “transição pacífica de poder”. O texto afirma que a Rússia não participou da saída de Assad da Síria e não informa onde está o ditador agora.

Segundo o comunicado, as bases militares da Rússia estão em estado de alerta, mesmo sem nenhuma ameaça no momento. A nota também afirma que Moscou está em contato com os grupos de oposição na Síria e pediu para que todos os lados não recorram à violência.

Mais cedo, rebeldes sírios anunciaram que o ditador havia deixado Damasco e afirmaram que capturaram a cidade. Eles disseram que Damasco está “livre” de Assad. Em Damasco, pessoas tomaram a praça central da cidade, aos gritos de “liberdade”, e subindo em tanques e escalando a estátua do pai de Assad, Hafez.

Os rebeldes afirmaram que continuam trabalhando para finalizar a transferência de poder na Síria para um governo de transição com plenos poderes executivos. O primeiro-ministro sírio, Mohammed Ghazi Jalali, disse que o governo está pronto para “estender a mão” à oposição e entregar suas funções a um governo de transição.

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Desde o último sábado, os rebeldes têm avançado por cidades estratégicas do país. O exército sírio, que tentou conter os radicais e recebeu ajuda da Rússia e do Irã, abandonou a cidade de Homs, a 160 quilômetros da capital, que foi tomada na manhã de sábado. Membros do exército teriam deixado o local de helicóptero.

A autoria dos levantes é reivindicada pelo grupo jihadista Hayat Tahrir al-Sham (HTS). O grupo nasceu a partir de uma ramificação da Al-Qaeda. No sábado passado, 30, eles tomaram Aleppo, a segunda maior cidade da Síria. Na última quinta, 5, chegaram a Hama, e neste sábado, mais cedo, cercaram Homs. Todas essas cidades são consideradas estratégicas, seja pela localização, seja pelas rotas em direção a países vizinhos.

Além dessas cidades, outras também foram tomadas pelo HTS, fechando o caminho de uma eventual fuga de Assad pelo Mar Mediterrâneo. Um dos principais líderes do grupo jihadista, Abu Mohammed al-Golani, emitiu um comunicado neste sábado afirmando que o HTS estaria prestes a tomar toda a Síria e que “o fim desse governo criminoso está próximo”.

As informações veiculadas por mídias internacionais têm mostrado certo apoio popular aos radicais que ameaçam derrubar o governo sírio. A guerra civil no país se arrasta desde 2011, ano em que ocorreu a Primavera Árabe, movimento de contestação ao governo que permanece no poder há 24 anos. No entanto, o conflito passou por momentos mais brandos e agora vive uma nova escalada com o avanço do HTS, que tomou as principais cidades do país na última semana — e pode, agora, assumir também o controle de Damasco, depondo o governo de Assad.

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