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Bebê brasileira de um ano morre em ataque israelense no Líbano

Ministério das Relações Exteriores informou que Fatima Abbas é terceira cidadã brasileira morta

Por Da Redação
4 nov 2024, 18h37
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  • O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou nesta segunda-feira, 4, ter tomado conhecimento da terceira morte de um cidadão brasileiro em ataques israelenses no Líbano. Fatima Abbas, de um ano de idade, morreu no sábado 2 em Hadeth, ao sul da capital libanesa, Beirute.

    “Ao expressar à família de Fatima Abbas as mais sentidas condolências e estender toda a sua solidariedade, o governo brasileiro reitera a condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos e injustificados ataques aéreos israelenses contra zonas civis no Líbano e renova o apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades”, diz o texto.

    + Número de mortos no Líbano por conflito Israel-Hezbollah ultrapassa 3.000 e inclui brasileiros

    Além de Fatima, ataques israelenses também mataram Mirna Raef Nasser, de 16 anos, e Ali Kamal Abdallah, de 15 anos.

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    A Força Aérea Brasileira (FAB) também atualizou o número de repatriados, informando que 1.859 passageiros e 20 animais de estimação já foram trazidos de volta. O décimo voo de repatriação pousou em Beirute na manhã desta segunda-feira e está programado para retornar ao Brasil na manhã desta terça-feira, 5 de novembro.

    A milícia libanesa Hezbollah, aliada do grupo militante palestino Hamas e do Irã, troca disparos pela fronteira com os militares israelenses desde o início da guerra em Gaza, no ano passado, mas o conflito se intensificou após Tel Aviv anunciar uma invasão terrestre ao Líbano no início de outubro. Do outro lado da fronteira, em Israel, os ataques do Hezbollah resultaram na morte de 72 pessoas, incluindo 30 soldados.

    Mais cedo nesta segunda-feira, o Ministério da Saúde do Líbano informou que mais de 3 mil pessoas morreram no país durante os 13 meses de conflito.

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    Os bombardeios aéreos e a invasão terrestre têm agravado a já crítica crise humanitária no Líbano, gerando apelos da comunidade internacional por um cessar-fogo. Além das mortes, os ataques deslocaram aproximadamente 1,2 milhão de pessoas.

    No primeiro mês da invasão de forças israelenses ao Líbano, que começou em 23 de setembro, ataques israelenses danificaram 34 hospitais, mataram 111 funcionários e atingiram 107 ambulâncias, de acordo com dados compilados pelo Ministério da Saúde libanês. Uma análise publicada neste domingo, 3, pela rede americana CNN, mostra que bombas foram lançadas dentro de “proximidade letal” de ao menos 19 desses centros médicos, que são protegidos sob a lei internacional.

    Hospitais e outros estabelecimentos médicos são objetos civis protegidos sob o direito internacional humanitário. É ilegal, com poucas exceções, atacar hospitais, ambulâncias ou outras instalações de saúde, ou impedi-los de fornecer cuidados. Em um relatório divulgado na quarta-feira, a organização internacional de direitos humanos Human Rights Watch se referiu aos ataques israelenses a profissionais de saúde no Líbano como “aparentes crimes de guerra”.

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    “A situação no Líbano é alarmante. Ataques aos cuidados de saúde debilitam os sistemas de saúde e impedem sua capacidade de continuar a funcionar. Eles também impedem que comunidades inteiras acessem serviços de saúde quando mais precisam deles”, disse, em comunicado, Hanan Balkhy, diretor regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental, no final do mês passado. “A OMS está trabalhando incansavelmente com o Ministério da Saúde Pública no Líbano para apoiar a continuidade dos serviços essenciais de saúde, mas o que o povo do Líbano mais precisa é de um cessar-fogo imediato”, declarou.

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