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Biden abre 13 pontos de vantagem sobre Trump na Flórida

Estado do sul do país é epicentro do coronavírus nos EUA, e apesar de ter votado no republicano em 2016 ainda pode definir a corrida em novembro

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 jul 2020, 15h33 - Publicado em 24 jul 2020, 15h08

A disputa pela Presidência dos Estados Unidos está cada vez mais desvantajosa para Donald Trump. Segundo uma pesquisa divulgada pela Universidade Quinnipiac, o candidato do Partido Democrata, Joe Biden, tem uma vantagem de 13 pontos sobre Trump entre potenciais eleitores na Flórida. O estado do sul do país foi um dos que deu a vitória ao republicano na votação em 2016 e ainda pode definir a corrida em novembro.

Dos entrevistados, 51% disseram que votariam em Biden, e 38% escolheriam Trump. Na pesquisa feita em abril pela mesma instituição, o democrata também apareceu na frente, mas por 46% a 42%.

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A Flórida é considerada um ‘swing state’, isto é, seus eleitores costumam alternar os votos entre candidatos democratas e republicanos e, justamente por isso, é vista como essencial para definir um vencedor. Nas últimas eleições, Trump conquistou 49% dos votos no estado, contra 47,8% da candidata democrata Hillary Clinton.

Com a vantagem atual na Flórida, Biden fica mais próximo de consolidar sua posição. O ex-vice-presidente da chapa de Barack Obama lidera a média das pesquisas nacionais com uma média de 8,7 pontos de vantagem sobre Trump, de acordo com o site especializado Real Clear Politics.

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Trump “não é imune às mudanças de humor e às preocupações dos eleitores na Flórida. Seus números em declínio são um golpe para um dos estados-chave onde ele espera vencer”, disse Tim Malloy, analista de pesquisas da Quinnipiac.

Nos Estados Unidos, o vencedor das eleições não é escolhido por voto direto, e sim por um sistema de colegiado. Cada estado do país vale uma determinada quantidade de “delegados” para o colégio eleitoral — o cálculo leva em conta o tamanho de sua população. Com isso, alguns estados se tornam especialmente importantes para os candidatos, por terem mais peso. A Flórida deve ter uma disputa equilibrada nas eleições de novembro e conta com 29 votos do total nacional de 538 do Colégio Eleitoral.

Segundo previsões da consultoria Cook Political Report, Biden acumula por volta de 232 delegados de estados que muito provavelmente ou provavelmente votarão nele. Já Trump tem por volta de 204 delegados “garantidos”. São necessários 270 votos para um candidato ser eleito presidente.

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Saúde x economia

Na mesma pesquisa da Universidade Quinnipiac, os entrevistados mostraram preferir Trump em relação ao ex-vice-presidente do governo de Barack Obama no quesito condução da economia, com 50% contra 47% de aprovação. Biden, por sua vez, leva vantagem na preferência dos entrevistados para a gestão de questões como a saúde, a resposta à Covid-19, uma crise e a desigualdade racial.

A Flórida é o terceiro estado americano em número de casos de Covid-19, depois de Nova York e Califórnia. O crescimento na curva de contágio, porém, preocupa as autoridades, levando muitos a classificar a região como o novo epicentro americano.

A crise sanitária na Flórida tem origem na relutância do governador, o republicano Ron DeSantis, em adotar o isolamento social. Só em abril, com boa parte da Costa Leste já em quarentena, ele se rendeu à medida, mas acabou apressadamente substituindo o “não saia de casa” por um plano gradual de relaxamento, em vigor desde junho. A reabertura em todo o país foi incentivada por Trump, que vem sendo acusado de subestimar o poder do vírus e não gerenciar a crise com responsabilidade.

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A pesquisa da Universidade Quinniapiac foi realizada de 16 a 20 de julho com 924 moradores da Flórida que se identificaram como eleitores registrados. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

(Com EFE)

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