O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discutiram nesta quarta-feira, 9, a escalada da guerra no Oriente Médio. O telefonema, primeira conversa direta entre os líderes desde agosto, aconteceu pouco antes da promessa do ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, de uma resposta “letal” contra o Irã, após um ataque iraniano de mais de 180 mísseis contra o território israelense, no começo do mês.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou que a ligação foi “direta e muito produtiva”, embora tenha reconhecido que os dois líderes têm divergências e estão abertos em relação a elas.
Segundo a Guarda Revolucionária do Irã, o ataque ao território israelense no início de outubro foi uma retaliação pela morte dos líderes do Hezbollah e do Hamas em bombardeios israelenses no Líbano e em território iraniano. Israel vem intensificando seus ataques ao Líbano, tendo matado cerca de 1.000 libaneses, incluindo mulheres e crianças, e vários comandantes do Hezbollah nas últimas semanas.
Após descrever o ataque com mísseis do Irã como um fracasso, Gallant disse em um vídeo emitido por seu gabinete após o término da ligação entre Biden e Netanyahu: “Quem nos atacar será ferido e pagará um preço. Nosso ataque será mortal, preciso e, acima de tudo, surpreendente, eles não entenderão o que aconteceu e como aconteceu, eles vão ver os resultados”.
Nos últimos dias, Netanyahu prometeu que o Irã pagará por seu ataque com mísseis, enquanto Teerã disse que qualquer retaliação resultaria em grande destruição, aumentando os temores de uma guerra mais ampla na região.