O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou nesta quinta-feira (30) a proibição das importações de produtos com origem na província de Xinjiang, na China.
O bloqueio tem como justificativa a repressão das autoridades de Pequim contra a minoria étnica uigur, que vive nessa região.
Os chineses tem sido acusados de obrigar os uigures a realizar trabalhos forçados.
Também há relatos extensos sobre a internação compulsória de milhões de uigures em campos de reeducação.
Esses centros têm como objetivo eliminar a religião muçulmana da província.
O projeto foi aprovado no Congresso americano em dezembro. De acordo com a legislação, todos os produtos de Xinjiang são feitos através de trabalho forçado, a menos que a China prove o contrário.
Alguns produtos, como algodão, tomate e peças para a fabricação de paineis solares, foram designados como particularmente sensíveis para a fiscalização.
A embaixada da China em Washington afirmou que o ato “ignora a verdade e calunia maliciosamente a situação dos direitos humanos em Xinjiang”.
“Esta é uma violação grave do direito internacional e das normas de relações internacionais e uma grande interferência nos assuntos internos da China. A China condena veementemente e a rejeita com firmeza”, disse o porta-voz da embaixada, Liu Pengyu.