Biden sobre crise na Ucrânia: ‘Responderemos com força’
Em pronunciamento na Casa Branca, presidente americano declarou que vai reagir em caso de ataque aos EUA ou aliados
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta terça-feira, 15, que uma invasão russa “ainda é possível”. Em pronunciamento na Casa Branca, ele ainda disse que os EUA estão preparados para responder aos ataques russos.
“Não estamos buscando um confronto direto, embora eu tenha deixado claro que se a Rússia visar americanos na Ucrânia, responderemos com força. Se a Rússia atacar os Estados Unidos ou aliados por meios assimétricos, como ataques cibernéticos disruptivos contra nossas empresas ou infraestrutura, estamos preparados para responder”, garantiu Biden.
Ele relembrou que os EUA e a Rússia se uniram na Segunda Guerra Mundial, no que chamou de uma “guerra de necessidade”, diferente do que acredita ser agora.
“Se a Rússia atacar a Ucrânia, será uma guerra de escolha, ou uma guerra sem causa ou razão. Digo essas coisas não para provocar, mas para falar a verdade, porque a verdade importa. A responsabilidade importa”, disse Biden.
E os impactos não serão sentidos apenas na Ucrânia. Biden também falou que caso ocorra uma invasão, os efeitos chegarão aos EUA, ressaltando que a eventual incursão pode gerar aumento dos preços de energia e combustíveis.
“O povo americano entende que defender a democracia e a liberdade nunca é sem custo”, afirmou o presidente.
Na manhã desta terça-feira, o governo da Rússia anunciou a retirada de algumas tropas da fronteira com a Ucrânia, sem dar informações sobre quantos militares voltaram às bases permanentes.
Biden alertou que os Estados Unidos ainda não verificaram se a retirada russa começou de fato.
Apesar das falas incisivas, o presidente americano se mostrou disposto a continuar as conversas com a Rússia, afirmando que há “muito espaço para diplomacia”, como a melhor forma de evitar uma guerra entre os países.
“Ontem, o governo russo propôs publicamente continuar a diplomacia. Eu concordo”, disse Biden.