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Biden viaja à Coreia do Sul diante de ameaça nuclear da Coreia do Norte

Depois de Seul, onde tratará sobretudo de questões de segurança, presidente americano segue para o Japão

Por Da Redação 20 Maio 2022, 11h52

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desembarcou nesta sexta-feira, 20, na Coreia do Sul em sua primeira viagem oficial à Ásia desde que chegou à Casa Branca. O encontro com o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, terá como pauta uma série de questões, incluindo o programa nuclear da Coreia do Norte.

Os EUA e a Coreia do Sul há muito lutam para encontrar maneiras eficazes de combater as ameaças e amenizar as tensões impostas por Pyongyang. Sob temores de um novo lançamento de míssil ou teste nuclear pela nação comandada por Kim Jong-un, Biden pretende reforçar os vínculos na área de segurança com os aliados asiáticos. Depois da Coreia do Sul, ele viajará ao Japão no domingo.

+ Coreia do Norte testa míssil intercontinental, dizem autoridades asiáticas

Nesta sexta-feira, o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol, que tomou posse neste mês, declarou que a visita de Biden é uma oportunidade para tornar “mais fortes e mais inclusivas” as relações entre Seul e Washington.

“Estou confiante de que a aliança entre a República da Coreia e os Estados Unidos buscando defender os valores da democracia e dos direitos humanos só crescerão no futuro”, escreveu o sul-coreano no Twitter, horas antes da chegada de Biden.

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Apesar do forte surto de Covid-19 na Coreia do Norte, “os preparativos para um teste nuclear de Pyongyang foram concluídos e só estão buscando o momento certo”, disse o parlamentar sul-coreano Ha Tae-keung após ser informado pela agência de espionagem de Seul.

+ Sem vacinas, Coreia do Norte combate Covid-19 com remédios caseiros

A Coreia do Norte realizou 16 testes de mísseis este ano, incluindo um de tipo balístico intercontinental no final de março, horas antes do início do encontro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a principal aliança militar ocidental. Segundo analistas sul-coreanos, o míssil seria o mais potente lançado desde 2017, e teria capacidade de atingir cidades da costa oeste dos Estados Unidos.

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O país governado por Kim também está expandindo seu arsenal de mísseis com capacidade de alcance à Coreia do Sul, que abriga cerca de 28.500 soldados dos EUA. O líder norte-coreano alertou recentemente que usaria proativamente armas nucleares se ameaçada ou provocada, sugerindo uma escalada em sua doutrina nuclear.

Autoridades de inteligência dos EUA e da Coreia do Sul especulam que a Coreia do Norte pode receber Biden na região asiática com um teste de míssil balístico ou sua primeira detonação de um dispositivo nuclear desde 2017.

Dentro deste cenário, o chefe de Estado sul-coreano disse que deseja fortalecer os laços com Washington enquanto aprimora as capacidades de ataque e defesa de mísseis de seu país. Ele também pediu a retomada de exercícios militares em larga escala entre EUA e Coreia do Sul, que foram reduzido durante o governo do o ex-presidente Donald Trump.

Analistas do Instituto de Pesquisa para Estratégia Nacional da Coreia do Sul afirmam que Jong-un também buscará uma declaração robusta de Biden reafirmando o compromisso dos EUA de fornecer “dissuasão estendida” à Coreia do Sul e uma promessa de defender seu aliado com toda a sua gama de capacidades militares, incluindo armas nucleares, em caso de guerra com a Coreia do Norte.

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