O bilionário Jeffrey Epstein, de 66 anos, acusado de ter abusado de dezenas de garotas menores de idade, foi encontrado morto neste sábado na cela que ocupava em uma prisão federal em Manhattan, em Nova York.
Sem direito a fiança desde que foi detido, no início de julho, o magnata foi achado enforcado na cela por volta das 7 horas da manhã, horário de Brasília. As circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas, mas a imprensa americana cita a possibilidade de suicídio.
Nos anos 1990 e 2000, Epstein frequentou as atrações de Mar-a-Lago, misto de clube e condomínio de Donald Trump na Flórida. “É um cara fantástico”, elogiou Trump, em entrevista em 2002. “Dizem que gosta de mulheres lindas tanto quanto eu, principalmente as bem jovens.”
Uma das vítimas de Epstein, Virginia Giuffre, que trabalhava no condomínio Mar-a-Lago, chegou a dar detalhes de como funcionava o esquema. Eventualmente, Epstein “emprestava” as meninas a visitantes, entre eles o príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth. Virginia também acusa de abuso sexual o professor da Harvard Alan Dershowitz, advogado do próprio Epstein.
O financista contratava mulheres para arregimentar alunas nas escolas próximas e aspirantes nas agências de modelos e estimulava as meninas a trazer amigas para o incessante entra e sai de sua suíte. Frequentemente levava garotas nas viagens em seus dois aviões e no helicóptero que usava para chegar a sua ilha particular no Caribe.