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Bloqueio ao Catar prejudica combate ao EI, diz Tillerson

O secretário de Estado americano pediu que Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Bahrein aliviem sanções contra o país

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 21h46 - Publicado em 9 jun 2017, 16h30
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  • O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, pediu nesta sexta-feira que Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Bahrein aliviem o bloqueio ao Catar, que estaria dificultando as operações da base militar americana naquele país.

    Segundo Tillerson, o bloqueio prejudica o combate ao grupo extremista Estado Islâmico, feito a partir desse entreposto militar. Ele também reiterou a disposição dos Estados Unidos em mediar, junto com o Kuwait, a crise diplomática entre as nações na região.

    Os Estados Unidos pedem que “não haja nova escalada” das tensões entre os países, disse Tillerson, que também pediu ao Catar que seja mais rígido no controle ao financiamento de grupos extremistas na região.

    Isolamento

    O Catar busca apoio internacional para evitar o isolamento do país, cinco dias depois da ruptura de relações diplomáticas por parte da Arábia Saudita e de seus aliados. O seu ministro das Relações Exteriores, Mohamed bin Abderrahman Al-Thani, realizou nesta sexta-feira uma inesperada visita à Alemanha antes de viajar no sábado a Moscou, onde se reunirá com o diplomata russo Serguei Lavrov.

    “Há esforços por parte de países amigos para limitar a crise, retirar o injusto bloqueio que pesa sobre o Catar e começar as negociações”, disse Al-Thani, sem entrar em mais detalhes.

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    O chefe da diplomacia alemã, Sigmar Gabriel, confirmou que estavam em curso conversas junto com os Estados Unidos e aliados regionais. “A Alemanha vai fazer todo o possível, junto com a comunidade internacional, para que o conflito não se agrave mais”, disse.

    Lista negra

    Na noite de quinta-feira, a Arábia Saudita e seus aliados divulgaram uma lista de “terroristas” apoiados, segundo eles, por Doha. Esta lista cita 59 pessoas e 12 entidades “vinculadas ao Catar e ao serviço de um suspeito programa político do país”, indicaram em um comunicado Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito.

    A lista negra de Riad e de seus aliados contém, pelo menos, dois nomes considerados internacionalmente como apoiadores financeiros do terrorismo e contra os quais, de acordo com o último relatório do Departamento de Estado americano, o Catar já atuou.

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    Doha qualificou o documento como “sem fundamento”. “Esta lista contém nomes de pessoas que não têm relação com o Catar, onde não residem ou sequer estiveram”, disse Al-Thani na Alemanha.

    Regate bilionário

    Em um mais um capítulo da crise no Golfo, o Egito acusou, na quinta-feira, o Catar de pagar “cerca de 1 bilhão de dólares a um grupo terrorista ativo no Iraque a fim de obter a libertação de membros de sua família real sequestrados e retidos no Iraque, quando faziam uma caça”.

    “Se isso estiver certo, trata-se de um claro apoio ao terrorismo”, recriminou o embaixador egípcio na ONU, Ihab Mustafa, apontando que o grupo tem laços com o Estado Islâmico. Várias resoluções da ONU exortam os países-membros a não pagar esse tipo de resgate, ou fazer concessões políticas a grupos terroristas, afirmou.

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    O diplomata egípcio não apresentou provas, ou deu detalhes do episódio.

    “Propomos que o Conselho de Segurança inicie uma profunda investigação sobre este incidente e outros similares”, insistiu Mustafa durante debate sobre a ameaça terrorista.

     (Com Estadão Conteúdo e AFP)

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