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Boko Haram matou 381 civis nos últimos 5 meses

O grupo terrorista realiza cada vez mais atentados suicidas usando mulheres e crianças na Nigéria e em Camarões

Por Da redação
5 set 2017, 18h30

O grupo terrorista Boko Haram assassinou 381 civis desde abril em Camarões e na Nigéria, devido à intensificação da campanha de terror e ao aumento dos atentados suicidas com explosivos na região do Lago Chade, informou a Anistia Internacional (AI) nesta terça-feira.

O crescimento do número de mortes de civis no extremo norte de Camarões e nos estados nigerianos de Borno e Adamawa se deve à cada vez mais comum prática de ataques suicidas, frequentemente com mulheres e crianças, que são obrigadas a carregar explosivos em áreas de grande circulação.

Os ataques do Boko Haram na Nigéria fizeram 223 vítimas civis entre abril e setembro deste ano, sendo 100 só em agosto. A Anistia Internacional registrou no último mês dois ataques a povoados nos quais os terroristas encurralaram civis, atiraram, incendiaram e saquearam casas, lojas e mercados.

Em Camarões, o Boko Haram matou 158 civis no mesmo período, quatro vezes mais do que nos cinco meses anteriores. Desde abril, os jihadistas executaram 30 atentados suicidas no país, mais de um por semana, segundo os cálculos da AI.

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O crescimento do grupo em Camarões pode ser uma consequência do deslocamento de combatentes do Boko Haram da floresta de Sambisa – situada na Nigéria e de onde as forças locais expulsaram o grupo em dezembro – até as montanhas de Mandasse, em Camarões.

“Esta onda de violência do Boko Haram ressalta a urgente necessidade de proteção e ajuda para milhões de civis na região do Lago Chade. Os governos de Nigéria, Camarões e outros devem agir rapidamente para proteger estas pessoas”, disse o diretor da AI para a África Ocidental e Central, Alioune Tine.

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Pelo menos 2,3 milhões de pessoas se deslocaram em toda a região e mais de 7 milhões de pessoas enfrentam uma grave escassez de alimentos. Cálculos indicam que 515.000 crianças sofrem desnutrição aguda severa, mais de 85% deles na Nigéria.

O recente aumento da insegurança dificultou e chegou a impossibilitar as operações de ajuda humanitária, deixando zonas como o nordeste da Nigéria totalmente inacessíveis, denunciou AI em comunicado.

(Com EFE)

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