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Bolívia vai às urnas neste domingo para decidir em que grau dobra à direita

Rodrigo Paz Pereira e "Tuto" Quiroga decidem segundo turno com propostas muitos distintas dos socialistas que há 20 anos governam o país

Por Ricardo Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 out 2025, 09h27

Prestes a dar uma guinada nos rumos do país, a Bolívia vai às urnas neste domingo, 19, para definir seu novo presidente, em um segundo turno entre  Rodrígo Paz Pereira, do Partido Democrata Cristão, e , Jorge “Tuto” Quiroga, da Aliança Liberdade e Democracia. O MAS, agremiação de esquerda do atual mandatário, Luis Arce, está fora do páreo, após ruir em função de um racha com o ex-presidente Evo Morales.

Pela primeira vez em 20 anos, o país não será governado pela esquerda, que se viu envolta em escândalos de currupção e tentativas de golpe de Estado. Evo foi impedido de concorrer e pregou voto nulo. Impopular por conta da queda no valor dos gás natural e outros hidrocarbonetos, o que resultou em escassez de alimentos e aumento da inflação, o atual presidente obteve menos de 4% dos votos na primeira rodada de votações.

Paz Pereira é quem chega com ligeira vantagem às urnas, segundo as pesquisas. Tem 44,9% das intenções de voto, segundo a Ipsos. O senador surpreendeu e saiu vencedor do primeiro turno. Filho do ex-presidente Jamie Paz Zamora, ele defende  dar incentivos para o setor privado e manter políticas de cunho social que marcaram os governos socialistas. A iniciativa foi batizada de “capitalismo para todos”. Ele também promete formalizar as atividades econômicas que acontecem majoritariamente à margem de qualquer controle do Estado.

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“Tuto” Quiroga, por sua vez, aparece com 36,5% dos votos nas sondagens eleitorais e acena com uma agenda liberal, marcada por cortes profundos de gastos públicos, privatizações de empresas estatais e eliminação de ministérios. O candidato mais à direita diz que irá romper com políticas do governo de Arce e que buscará financiamento com o Fundo Monetário Internacional, o FMI. 

A delicada questão econômica da Bolívia está no centro das discussões. A inflação é de 25%, as reservas cambiais se esvaíram e o déficit fiscal chega a 13% do PIB, em função da política de subsídios aos alimentos e combustíveis. Não há dólares no país, que é mantido artificialmente, com uma taxa de câmbio congelada, que acumula perdas inflacionárias de 25%.

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Outro problema que tem dado a tônica da campanha eleitoral é a segurança pública. O páis vive uma escalada na expansão do narcotráfico, inclusive com participação do PCC, que internacionalizou suas operações. Enquanto Paz Pereira promete fortalecer as instituições, Quiroga defende uma política linha dura, tal qual a aplicada por líderes populistas de direita no continente, como Daniel Noboa, do Equador, e Nayib Bukele, de El Salvador, com quem tem mantido conversas.

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