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Bolsonaro indica que pode transferir embaixada brasileira para Jerusalém

Em entrevista a um jornal conservador israelense, presidente eleito afirmou que Israel 'tem direito soberano a decidir qual é a sua capital'

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 16h33 - Publicado em 1 nov 2018, 11h48
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  • O presidente eleito Jair Bolsonaro indicou em entrevista ao jornal israelense Israel Hayom que poderia transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.

    Na entrevista, que será publicada na sexta-feira, mas da qual o meio de comunicação antecipou alguns trechos nesta quinta-feira (1), Bolsonaro afirmou que Israel “tem direito soberano a decidir qual é a sua capital”.

    “Israel é um Estado soberano. Se vocês decidirem qual é a sua capital, nós os seguiremos. Quando me perguntaram durante a campanha se transferiria a embaixada se fosse eleito presidente, respondi sim”, afirmou por telefone ao jornal conservador e favorável ao governo do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

    O recém-eleito presidente também declarou seu apoio a Israel em fóruns internacionais e afirmou que o país “pode contar com o nosso voto na ONU. Sei que o voto é muitas vezes simbólico, mas ajuda a definir a postura que um país deseja adotar”.

    O líder, que assumirá o cargo em 1 de janeiro, contou que esteve em Israel há dois anos e que pretende voltar ao país, e acrescentou que “ama o povo de Israel e o Estado de Israel”.

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    “Posso assegurar que incentivarei uma relação próxima e cooperação muito produtiva entre ambas as partes começando em 2019”, prometeu.

    A disputa por Jerusalém

    A questão da localização das embaixadas em Israel é particularmente sensível. O Estado judeu considera toda a cidade de Jerusalém como sua capital, enquanto os palestinos aspiram tornar Jerusalém Oriental a capital do seu futuro Estado.

    Para a comunidade internacional, o status da Cidade Santa deve ser negociado por ambas as partes e as embaixadas não devem se estabelecer lá até que um acordo seja alcançado.

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    Israel ocupa Jerusalém Oriental desde a guerra de 1967 e posteriormente a anexou, algo que nunca foi reconhecido pela comunidade internacional.

    O presidente americano Donald Trump rompeu em dezembro de 2017 com décadas de diplomacia reconhecendo Jerusalém como a capital de Israel. O presidente palestino, Mahmud Abbas, cortou os laços com o governo Trump após a decisão.

    A embaixada americana foi transferida de Tel Aviv para Jerusalém em 14 de maio, antes de a Guatemala e o Paraguai anunciarem planos para seguir Washington. Assunção voltou atrás posteriormente, dizendo que manteria a sua embaixada em Tel Aviv.

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    Posição favorável à Israel

    Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro também questionou a legitimidade da legação diplomática palestina em Brasília. Esta, afirmou, foi construída perto do Palácio da Alvorada, motivo pelo qual será preciso mudá-la.

    Disse também que “a Palestina primeiro tem que ser um país para ter direito a uma embaixada”.

    Após a recente vitória eleitoral, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, felicitou Bolsonaro por telefone na segunda-feira (29) e o convidou a visitar Israel.

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    “Acredito que sua eleição levará a uma grande amizade entre os dois povos e ao fortalecimento dos laços entre o Brasil e Israel”, disse o chefe de Governo israelense a Bolsonaro.

    (Com EFE e AFP)

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