Pelo menos 20 pessoas morreram e outras 30 ficaram feridas em bombardeios da coalizão árabe, capitaneada pela Arábia Saudita, mirando um casamento realizado noite deste domingo na província de Haja, no extremo noroeste do Iêmen, disseram fontes médicas nesta segunda-feira.
O casamento aconteceu na aldeia de Al Raqqa, na área de Beni Qais, situada perto da fronteira com a Arábia Saudita. A fonte afirmou que foram feitas duas incursões de aviões de guerra contra o local no qual se realizava o casamento, causando a morte de pelo menos 20 pessoas, a maioria mulheres e crianças. A noiva também está entre as vítimas.
Imagens mostrando os corpos das vítimas sem vida em meio aos escombros deixados após o ataque circularam nas redes sociais nesta segunda-feira.
O porta-voz do Ministério da Saúde, Abdel-Hakim al-Kahlan, disse que as ambulâncias não conseguiram chegar ao local do atentado assim que foram acionadas por medo de mais ataques aéreos pudessem acontecer, uma vez que os jatos continuavam sobrevoando a região.
Este foi o terceiro ataque aéreo mortal no Iêmen neste final de semana. Outro ataque aéreo na noite deste domingo atingiu uma casa, também em Haja, matando uma família inteira de cinco pessoas, segundo a agência de notícias Associated Press.
No sábado, pelo menos 20 civis foram mortos em um ataque aéreo da coalizão saudita que atingiu um ônibus com passageiros perto do distrito de Mowza, no oeste do Iêmen.
A coalizão liderada pela Arábia Saudita vem travando uma guerra contra os rebeldes xiitas do Iêmen, conhecidos como Houthis, que controlam grande parte do norte e a capital iemenita, Saná, para restaurar o governo internacionalmente reconhecido ao poder.
De acordo com entidade independente Yemen Data Project, que monitora o conflito no país, um terço dos 16.847 ataques aéreos desde o início da guerra atingiu alvos não militares. Nos últimos três anos, mais de 10.000 civis foram mortos e dezenas de milhares de feridos, enquanto mais de 3 milhões de pessoas tiveram de se deslocar por causa dos intensos bombardeios.
(Com EFE)