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Bombardeios em Ghuta Oriental, na Síria, deixam 57 civis mortos

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, aviões russos utilizaram bombas proibidas internacionalmente, causando queimaduras no civis

Por Da redação
16 mar 2018, 13h51

Pelo menos 57 civis morreram nesta sexta-feira por bombardeios de aviões russos contra as populações de Kafr Batna e Saqba, na região de Ghuta Oriental, na Síria, o principal reduto opositor nos arredores de Damasco e alvo de uma ofensiva do Exército sírio e de seus aliados.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) precisou que 46 dessas vítimas mortais, entre elas nove menores, perderam a vida em Kafr Batna, enquanto o resto morreu em Saqba. Ambas localidades estão sob controle da facção islamita Legião da Misericórdia.

A ONG destacou que alguns corpos estavam completamente calcinados, enquanto outros apresentavam queimaduras em algumas partes.

Segundo o observatório, aviões russos utilizaram bombas de cacho, proibidas internacionalmente. Esses projéteis estão carregados com uma substância composta por pó de alumínio e óxido de ferro, que causa queimaduras porque sua combustão dura três minutos após ser lançada.

Essa classe de bomba, contém entre 50 e 110 projéteis, segundo o Observatório, que lembrou que a Rússia empregou munição de cacho nos seus bombardeios das últimas semanas.

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Os bombardeios coincidem com a saída hoje de milhares de civis de Ghuta Oriental. As pessoas estão abandonando as áreas em poder da Legião da Misericórdia através do corredor aberto pelas autoridades sírias em Hamuriya.

Ao menos 20.000 habitantes fugiram na quinta-feira da região, asfixiados pelos bombardeios, de acordo com o OSDH.

Ofensiva em Afrin

Ao menos dezoito civis, incluindo cinco crianças, morreram nesta sexta-feira em ataques das forças turcas contra a cidade de Afrin, no território curdo do noroeste da Síria, alvo de uma ofensiva de Ancara, informou a OSDH.

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“Há combates na periferia norte da cidade”, afirmou. A ofensiva, que o exército turco iniciou em 20 de janeiro ao lado de rebeldes sírios, pretende expulsar da região a milícia curda Unidades de Proteção Popular (YPG), que Ankara considera “terrorista”.

Estes combatentes curdos, no entanto, são aliados de Washington na luta contra o grupo extremista Estado Islâmico na Síria.

Ancara nega atacar os civis e afirma que seus alvos são apenas as posições militares, mas de acordo com o OSDH, uma ONG que dispõe de uma ampla rede de fontes na Síria em guerra, pelo menos 245 civis, incluindo 41 menores de idade, morreram desde o início da ofensiva turca.

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A cidade de Afrin está praticamente cercada pelas forças da ofensiva curta, exceto o único corredor utilizado pelos civis que fogem para o sul do território. Este corredor permite o deslocamento até zonas sob controle do regime sírio.

Mais de 30.000 civis abandonaram Afrin em 24 horas para escapar dos bombardeios, informou o OSDH na quinta-feira.

(Com EFE e AFP)

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