O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou neste sábado, 31, que a Inglaterra entrará em um novo lockdown. A expectativa é que o bloqueio, que ainda precisa ser votado no Parlamento, entre em vigor na quinta-feira, 5, e dure até 2 de dezembro.
“Temos que ser humildes diante da natureza. Agora é a hora de agir porque não há alternativa”, disse o primeiro-ministro ao lado de seu médico-chefe, Chris Whitty, e seu consultor científico-chefe, Patrick Vallance. O bloqueio é uma tentativa de frear o recente aumento no número de novas infecções no país e evitar a sobrecarga do serviço de saúde no país.
No início da pandemia, Johnson foi duramente criticado pela oposição e pela população por ter reagido tarde e pelas graves consequências do confinamento para a economia britânica. A Inglaterra já ultrapassou 1 milhão de casos da doença, com cerca de 20.000 novos registros diários. Johnson se viu pressionado por seus assessores a frear a disparada de contágios, com a esperança de poder permitir que as famílias se reúnam no Natal.
Todos os comércios não essenciais vão fechar e os cerca de 56 milhões de ingleses não poderão sair de casa, exceto para questões essenciais como trabalho, exercícios, compras de itens essenciais, remédios ou cuidar dos vulneráveis. Escolas e universidades continuarão abertas. Pubs e restaurantes serão fechados, exceto a para a entrega de comida.
Estas medidas só afetam a Inglaterra porque cada um dos quatro países que formam o Reino Unido decide suas políticas sanitárias. Os mais de três milhões de habitantes do país de Gales já voltaram ao confinamento há uma semana. A medida terá duração de 17 dias.
Com a inciativa, a Inglaterra segue o exemplo de seus vizinhos mais próximos – França e Irlanda -, que já colocaram suas populações em ‘lockdown’.
Com AFP