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Bósnia, Albânia e Kosovo contestam Nobel de Literatura; entenda

Líderes políticos e personalidades dos países criticam entrega do prêmio a Peter Handke

Por Redação Atualizado em 11 out 2019, 03h23 - Publicado em 11 out 2019, 01h56

Líderes políticos e personalidades de Bósnia, Kosovo e Albânia criticaram nesta quinta-feira a entrega do prêmio Nobel de Literatura ao austríaco Peter Handke, que, na época dos diversos conflitos na antiga Iugoslávia, apoiou abertamente a Sérvia.

“Jamais pensei que ficaria com vontade de vomitar por causa do prêmio Nobel”, reagiu o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, no Twitter.

O membro bósnio da presidência colegiada da Bósnia, Sefik Dzaferovic, qualificou a decisão de “escandalosa e vergonhosa”.

“É vergonhoso que o comitê do prêmio Nobel esqueça tão facilmente que Handke justificava as ações de [ex-presidente sérvio] Slobodan Milosevic e o protegia com seus comparsas Radovan Karadzic e Ratko Mladic, que foram condenados [pela justiça internacional] pelos mais graves crimes de guerra, entre eles genocídio”, declarou Dzaferovic.

O ator bósnio Nermin Tulic, gravemente ferido durante o cerco a Sarajevo por parte das forças sérvio-bósnias (1992-1995, 11.000 mortos), colocou no Twitter um emoji vomitando.

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“Um admirador de Milosevic e um negacionista de primeira linha recebe o Nobel de Literatura: que tempos”, declarou Emir Suljagic, um sobrevivente do massacre de Srebrenica, onde mais de 8 mil homens e adolescentes muçulmanos foram executados em poucos dias de 1995 pelas forças sérvias.

Em Kosovo, palco do último enfrentamento armado na antiga Iugoslávia, entre forças sérvias e uma guerrilha separatista albanesa (13 mil mortos), o principal jornal da região – Koha Ditore – escreveu: “Um admirador de Milosevic e um negacionista recebe o Nobel de Literatura”.

Em 1996, um ano após os conflitos na Bósnia e na Croácia, Peter Handke publicou o polêmico “Justiça para a Sérvia”.

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Em 2006, foi ao enterro de Milosevic, que se suicidou na prisão enquanto aguardava julgamento por crimes contra a humanidade.

(Com AFP)

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