Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Brasil apoia plano de Trump para Israel e Palestina

Em nota, Itamaraty diz que proposta americana 'constitui um documento realista e ao mesmo tempo ambicioso' e exorta partes a segui-lo

Por Da Redação
Atualizado em 29 jan 2020, 17h53 - Publicado em 29 jan 2020, 17h43
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O governo brasileiro apoiou o plano de paz do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a região de Israel e da Palestina nesta quarta-feira, 29, apesar das muitas críticas recebidas pelo projeto de nações árabes.

    Em uma nota, o Ministério das Relações Exteriores “saúda” a iniciativa e a classifica como “próspera” para a paz. O Itamaraty ainda afirma que o texto contempla aspirações tanto de palestinos quanto de israelenses e “constitui um documento realista e ao mesmo tempo ambicioso”.

    “O plano se afigura compatível com os princípios constitucionais que regem a atuação externa do Brasil, notadamente a defesa da paz, o repúdio ao terrorismo e a auto-determinação dos povos”, diz o comunicado.

    “O governo brasileiro exorta tanto israelenses quanto palestinos a considerar o plano com toda a seriedade e a iniciar negociações partindo das bases ali expostas”, completa o Ministério.

    O plano de Trump, anunciado na terça-feira, 28, na Casa Branca ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, gerou grande repercussão negativa entre os países árabes. As negociações para o acordo não tiveram a participação de autoridades palestinas – Washington e Ramala não possuem relações diplomáticas desde 2017.

    Continua após a publicidade

    O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, ao lado de outros líderes de grupos palestinos, incluindo o grupo terrorista Hamas, prontamente se pronunciaram contra o texto. Ao mesmo tempo, manifestantes tomaram as ruas de Jerusalém, Faixa de Gaza e Cisjordânia para protestar contra o acordo.

    O plano foi elaborado por Jared Kushner, genro de Trump, e prevê a criação de um novo Estado palestino e um fundo de 50 bilhões de dólares para a recuperação econômica do novo país. Em troca, o Hamas deverá ser desmilitarizado, o Estado judeu ser reconhecido como legitimo, os assentamentos israelenses serem anexados e a soberania de Israel neles reconhecida.

    O ponto mais polêmico, porém, é o status da cidade de Jerusalém. O plano diz que a capital de Israel será na Cidade Santa pois ela é “indivisível”, e a da Palestina nos arredores de Jerusalém Oriental. Os dois lados reivindicam a cidade como sua capital por direito.

    Continua após a publicidade

    Além do Brasil, o Reino Unido também apoiou a proposta americana e descreveu o texto como “genuíno e justo”.

    Foi dado um prazo de até quatro anos para as autoridades palestinas discutirem o plano e o colocarem em prática. Mas o governo de Israel já começou a se mexer: o Parlamento israelense votará em breve a anexação dos assentamentos na Cisjordânia ocupada.

    O presidente Jair Bolsonaro provocou grande desconforto diplomático com os países árabes logo nos primeiros dias de seu governo, quando declarou sua intenção de transferir a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, em um gesto de reconhecimento da cidade como capital do Estado judeu. Com exceção dos Estados Unidos, a comunidade internacional mantém suas representações diplomáticas em Tel Aviv para manter a neutralidade no conflito.

    A embaixada brasileira só não foi transferida para Jerusalém devido à pressão feita por setores do agronegócio que, temendo represálias dos países árabes, conseguiram adiar a decisão do presidente. Porém, em dezembro de 2019, o Brasil inaugurou um escritório comercial na Cidade Santa. 

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.