Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Relâmpago: Revista em casa por 8,98/semana

Brasil apoia plano dos EUA para a paz em Gaza, diz chanceler

Mauro Vieira afirmou que proposta prevê pontos já defendidos pelo Brasil na ONU

Por Redação
1 out 2025, 21h52

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira, 1º, que o governo brasileiro apoia o plano de paz em Gaza anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A declaração foi feita na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

Segundo Vieira, a proposta prevê pontos já defendidos pelo Brasil na ONU, como a libertação de reféns, o cessar-fogo imediato, a reconstrução de Gaza, o respeito aos direitos humanos e ajuda humanitária.

“Tudo isso está dentro das nossas linhas políticas, e, sem dúvida nenhuma, o Brasil aplaude a iniciativa e fazemos votos de que ela surta efeitos, que seja aceita por todas as partes”, disse.

Sobre o encontro entre Lula e Trump, o ministro disse que o assunto vem sendo tratado de maneira cautelosa e sigilosa, até que haja algo mais concreto. Mas disse que há a possibilidade de um encontro paralelo em algum evento internacional que os dois participem.

Hezbollah

O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) questionou a presença do grupo Hezbollah na América do Sul. O ministro respondeu que não há informações confiáveis sobre essa presença e lembrou que a legislação brasileira só reconhece como terroristas as organizações listadas pelo Conselho de Segurança da ONU.

Continua após a publicidade

Ele alertou, no entanto, que classificar grupos criminosos como terroristas pode abrir caminho para execuções sem julgamento e afetar brasileiros no exterior.

“Usar força letal em situações que não constituem conflitos armados equivale a executar pessoas sem julgamento. Esse tipo de unilateralismo, ademais, incita a extraterritorialidade da ação repressora de outros países e estigmatiza minorias com impactos reais para cidadãos brasileiros no exterior. Assistimos hoje, na América Latina e no Caribe, a instrumentalização do combate ao terrorismo para justificar sanções e invasões a outros países”, completou.

Asilo

O deputado Evair Vieira de Melo também questionou o ministro se o governo concordaria com a retirada do ex-presidente Jair Bolsonaro do Brasil por outro país como foi feito pelo Brasil com a ex-primeira dama do Peru Nadine Heredia, em abril, condenada por corrupção.

“Se o presidente Trump, então, por motivo de saúde, decidir descer em território brasileiro e levar Jair Bolsonaro para os Estados Unidos, terá o entendimento do Itamaraty na mesma lógica que o senhor usou para a corrupta condenada peruana ou são dois pesos e duas medidas diferentes?”, questionou o deputado.

Continua após a publicidade

Vieira disse que o pedido de asilo de Heredia foi prontamente aceito pelo próprio governo peruano.

Questões bilaterais

O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) pediu informações sobre a dívida de US$ 1,74 bilhão da Venezuela com o Brasil. O ministro disse que há negociações, mas que as sanções impostas ao sistema financeiro venezuelano dificultam o processo. O país também está fora do sistema do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional.

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) questionou a visita de Lula à ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, condenada por corrupção. Vieira afirmou que se tratou de uma visita privada.

Política externa

Em relação aos questionamentos sobre a ausência de um embaixador da Ucrânia no Brasil, o ministro negou que haja “isolamento diplomático” e disse que Lula se reuniu com o presidente ucraniano na ONU. A substituição do embaixador, segundo ele, é apenas rotineira, porque o anterior assumiu outro posto.

Continua após a publicidade

Quanto a Israel, Vieira afirmou que o Brasil deixou a Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA) por falhas na adesão feita em 2020. “Não havia assinatura de instrumento de adesão e não houve consulta prévia ao Congresso”, informou. O ministro disse ainda que os critérios da entidade para aferir antissemitismo são controversos.

Questionado sobre denúncias de suposta interferência estrangeira nas eleições de 2022, no Brasil, Vieira disse que as acusações não têm provas e lembrou que os resultados foram reconhecidos internacionalmente, inclusive pelos Estados Unidos.

Política nuclear

O deputado Marcos Pollon (PL-MS) perguntou sobre a política nuclear brasileira. Vieira disse que o país mantém compromisso com o uso pacífico da energia nuclear, em conformidade com a Constituição e os tratados internacionais.

Mauro Vieira esteve na comissão para fazer esclarecimentos sobre nove requerimentos de vários deputados.

Continua após a publicidade

(Agência Câmara de Notícias)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

15 marcas que você confia. Uma assinatura que vale por todas.

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 28% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 10,00)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 39,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.