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Brasil vai aderir a processo na ONU que acusa Israel de ‘genocídio’

Na ação movida pela África do Sul há 2 anos, israelenses negam violar leis com operação em Gaza; decisão convida reações dos EUA, principal aliado de Tel Aviv

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 jul 2025, 10h25

Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmou no domingo 13 que o Brasil vai aderir oficialmente ao processo que a África do Sul move contra Israel na Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas, em Haia, acusando o país de cometer “genocídio” contra a população de Gaza.

O governo sul-africano, sucessor do regime do apartheid, abriu a ação há dois anos. O Brasil entrará como terceira parte no processo, segundo disse o chanceler em entrevista à rede Al Jazeera no domingo. Ao se confirmar, a medida elevará a novo patamar a crítica do governo Lula às operações militares de Israel no território palestino.

“Estamos trabalhando nisso, e você terá essa boa notícia em muito pouco tempo”, disse Vieira ao ser questionado pela rede do Catar sobre os motivos pelos quais o Brasil ainda não tinha aderido ao processo.

A apresentadora lembrou que a ação ocorre há dois anos, e questionou o chanceler sobre o fato de o Brasil ter demorado tanto para tomar essa decisão. Segundo o ministro, Brasília privilegiou inicialmente as tentativas de mediação.

“Nós fizemos enormes esforços para chamar por negociações. Os últimos desenvolvimentos da guerra nos fizeram tomar a decisão de nos juntarmos à África do Sul na Corte Internacional”, afirmou ele.

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Na semana passada, a nação africana intensificou as acusações contra Israel, ao apresentar uma nova petição alegando que o país governado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu elevou o confronto a “uma nova e horrenda fase”. O documento veio após Bibi retomar, durante visita a Washington, o plano de expulsar os palestinos de Gaza, por meio da criação de uma suposta “cidade humanitária” onde toda a população ficaria concentrada. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Ehud Olmert, ex-premiê de Israel, equiparou o projeto a um “campo de concentração”.

O governo israelense, por sua vez, nega que sua atuação em Gaza viola leis internacionais.

A decisão do Brasil deve gerar reações de Israel, que já declarou Lula persona non grata no início do ano passado, e tem potencial de agravar as investidas do governo do presidente americano, Donald Trump, contra o país, uma vez que os Estados Unidos são o principal aliado da administração israelense. Momento particularmente tenso, já que Washington acaba de anunciar tarifas de 50% a todos os importados brasileiros.

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