A Califórnia saiu em defesa dos estudantes estrangeiros nos Estados Unidos. O Procurador Geral do Estado vai ingressar com uma ação na Justiça contra a lei imposta pelo governo de Donald Trump que pode proibir não americanos de frequentarem escolas e universidades, caso elas não realizem aulas presenciais.
A adoção de aulas on-line é uma medida preventiva para impedir a disseminação do coronavírus. Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia, com mais de 3 milhões de casos. A Califórnia tem observado um aumento considerável no número de infectados. Segundo levantamento em tempo real da Universidade Johns Hopkins, o estado já registrou mais de 302,5 mil casos.
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Clique e AssineO Procurador-Geral Xavier Becerra diz que as novas regras podem forçar os estudantes internacionais a colocarem a si mesmos e a outros em riscos ao comparecerem às aulas presencialmente. Dezenas de milhares de pessoas podem ser obrigadas a deixarem o país se a lei for colocada em prática.
O anúncio da Agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira dos Estados Unidos (ICE), no início da semana, informando que não poderá permitir a presença no país de alguns detentores de vistos de estudo, surpreendeu as instituições acadêmicas e as forçou a revisar suas diretrizes.
A Universidade de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) entraram com uma ação contra as novas regras na quarta-feira, argumentando que elas não parecem levar em consideração a saúde dos estudantes e funcionários e provocariam o caos nas universidades e faculdades por todo o país.
O sistema da Universidade da Califórnia também anunciou na quarta-feira que planejava entrar na Justiça contra o decreto.
A Califórnia tinha quase 162 mil estudantes estrangeiros em 2019, segundo um relatório do Departamento de Estado e do Instituto Internacional de Educação.
(Com Reuters)