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Caminhões de ajuda humanitária chegam a Gaza após impasse sobre passagem de Rafah

Tel Aviv reabriu principal rota de acesso ao enclave palestino, interditada após demora na entrega dos corpos de reféns israelenses

Por Flávio Monteiro
15 out 2025, 12h02

Caminhões de ajuda humanitária começaram a cruzar a passagem de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, nesta quarta-feira, 15. A entrada de 600 veículos, que carregam insumos essenciais para atenuar a catástrofe humanitária que atinge a população local, acontece após um breve impasse entre Israel e o grupo militante palestino Hamas a respeito dos restos mortais de reféns.

“A ajuda humanitária continua a entrar na Faixa de Gaza através da passagem de Kerem Shalom e outras passagens após inspeção de segurança israelense”, disse uma autoridade de segurança de Israel em declaração à agência de notícias Reuters, citando o ponto israelense no vértice da tríplice fronteira entre Israel, Egito e Faixa de Gaza. 

Na terça-feira, 14, Tel Aviv havia sinalizado à Organização das Nações Unidas que manteria fechada a passagem de Rafah, localizada na fronteira entre Egito e Gaza, devido a uma “violação do acordo de entrega dos cadáveres de reféns” por parte do Hamas. Segundo Israel, o grupo militante estava demorando a entregar os restos mortais de israelenses.

Além de bloquear a principal porta de entrada de ajuda humanitária ao enclave, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também disse que somente 300 caminhões entrariam em Gaza, metade do que havia sido previamente acordado. No entanto, após o Hamas devolver mais quatro corpos na noite de terça, Israel decidiu abrir as portas de Rafah para ajuda humanitária, embora autoridades tenham afirmado que um dos restos mortais não correspondia a nenhum refém israelense.

De acordo com a emissora pública israelense Kan, as entregas desta quarta incluem alimentos, gás de cozinha, combustível, suprimentos médicos e outros equipamentos necessários para restaurar a infraestrutura da região. A passagem de Rafah também será aberta aos palestinos que desejarem entrar ou sair de Gaza.

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A passagem passará a ser operada pela Autoridade Palestina, organismo que controla a Cisjordânia. Um importante ponto de acesso a Gaza, a travessia de Rafah foi fechada totalmente por Israel em 2007, quando o Hamas assumiu o controle do enclave palestino. Posteriormente, Tel Aviv firmou um acordo com o Egito para permitir a abertura de um fluxo controlado.

Completamente devastada pela guerra, Gaza precisa urgentemente dos insumos que começam a chegar nesta quarta. A região vive um cenário de catástrofe humanitária, com muitos palestinos sendo deslocados de maneira compulsória devido ao movimento militar israelense durante o conflito, além da presença constante de fome e doenças.

“Nossa situação é absolutamente trágica. Voltamos para nossas casas no bairro de al-Tuffah e descobrimos que não há nenhuma casa. Não há abrigo. Nada”, afirmou o morador da Cidade de Gaza Moemen Hassanein à Reuters.

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Fragilidade

O impasse entre Israel e Hamas envolvendo os cadáveres de reféns expõe a fragilidade do cessar-fogo idealizado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Embora tenha interrompido o conflito de dois anos que destruiu a região e garantido o retorno de todos os israelenses vivos ainda sob posse do grupo militante palestino, o acordo depende de questões delicadas.

Medidas como a governabilidade de Gaza e avanços em direção à criação de um Estado Palestino ainda não foram completamente elucidadas, e a previsão de que o Hamas se desarme e ceda o poder na região aparenta estar bastante distante — até o momento, o grupo não deu sinais de que deixará as armas de lado.

O Hamas libertou os 20 reféns israelenses que ainda estavam sob sua posse na segunda-feira, 13, no mesmo dia em que executou 33 pessoas em uma tentativa de reafirmar seu poder em Gaza. Segundo um oficial de segurança do grupo, as vítimas pertenciam a uma ‘gangue’.

A ação do Hamas foi endossada por Trump, uma vez que o acordo de cessar-fogo previa que a restauração da ordem no enclave ficaria sob controle do grupo em um primeiro momento. No entanto, o presidente americano alertou que, caso não se desarmassem posteriormente, os militantes seriam alvos de ataques.

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